domingo, 25 de julho de 2010

Dão: The Next Big Thing - The Dinner Before

Dão: The next big Thing foi o nome que o João Tavares de Pina (Terras de Tavares) deu a uma acção de promoção dos vinhos do Dão junto de nomes incontornáveis do mundo do vinho como Charles Metcalf e Marcello Copello (a dupla escolhida pela ViniPortugal para fazer uma selecção de 50 vinhos Portugueses para o Brasil), Kathryn McWhierter, Paul White, Yvonne Eistermann e David Schwardzvalder e que integrou vinte dos mais emblemáticos produtores da Região. O culminar de uma semana de provas e visitas aos produtores passava por um conjunto de eventos nos dias 24 e 25, para os quais tive o prazer de ser convidado. 

Assim, sexta-feira dia 23 havia que rumar a Viseu, porque no Sábado o programa era intenso e começava logo às 10 da manhã. Havia várias hipóteses para jantar, mas optou-se por uma que cada vez mais me cativa: encomendar comida num restaurante aderente a um serviço de estafetas (ou nomenu) e comer em casa. Evita algumas situações desagradáveis (por exemplo não ter mesa disponível) e sai muito mais barato. Para além disso, não tem que se levar com o mau humor crescente de muitos empregados de mesa (há muitos e em restaurantes de todos os níveis, acho). Um dos bons restaurantes de Viseu, para quem gosta de carne bem trabalhada, é a Casa Arouquesa, que tem um bife grelhado de vitela Arouquesa de muito bom nível. Encomendou-se...    


Enquanto a comida não chegava, começou por se escolher os vinhos e provar um Quinta da Ponte Pedrinha, branco de 2008 do Dão e da Enóloga Catarina Simões. Feito com Encruzado, Cerceal e Bical é um vinho fresco, mineral e com boa acidez. Interessante se bebido a solo, mas também a dar-se bem com uns queijos que se foram petiscando. Muito interessante para o preço (cerca de € 3,00), deixou no ar a vontade de se provarem mais vinhos da Quinta.  


Chegou a comida. Uma nota apenas relativa ao bife... A carne é excelente, macia e grelhada no ponto (naturalmente um pouco mais passada por dentro do que se tivesse sido consumida no restaurante, devido à viagem, mas nada de grave). Já em relação aos acompanhamentos, é outra história. Umas batatas fritas banais, um arroz branco sem história e uma salada mista sensaborona. No comments


Para acompanhar a carne, escolheram-se dois vinhos do Douro (nada de Dãos agora, porque no dia seguinte iam-se provar muitos), um jovem e pujante Quinta da Covada Touriga Nacional 2007, do João Lopes Pinto e um aristocrático Quinta de Macedos 2000 de Paul e Raymond Reynolds. O Touriga Nacional da Covada (a sair para o mercado) reflete a vontade do João em apresentar vinhos de muito bom nível, como o Covada Reserva 2007 e o Desnível 2007, ambos aqui provados. Já o Quinta de Macedos, apresentou-se sempre com um perfil pouco consistente, o que pode denotar duas coisas: ou está a passar por uma fase "parva" e temos outra vez vinho daqui a algum tempo ou então está a ir embora, o que não é nada agradável, tendo em conta o seu preço em 2003 (cerca de 27 €).  

Para acabar o jantar, um espumante francês, um Charles Ranville Reserva Bruto (s/d), feito de uvas brancas e com apenas 11,5º de álcool. Não deslumbrou, mas é interessante.

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