terça-feira, 24 de outubro de 2017

Fiuza, Rosé e Chardonnay 2016




Já passaram alguns anos desde a ultima vez que provei vinhos deste produtor. O Rosé tem um toque de doçura que não me agrada muito. Beba-se bem fresco a acompanhar uns cogumelos salteados e a ligação é interessante.
Já o Chardonnay é outra historia. Fresco, com bom volume de boca, nada maçador, é um vinho que me deixou com vontade de o voltar a provar. É capaz de ganhar com um ano ou dois de guarda e será muito porreiro para acompanhar uma salada de bacalhau com grão ou um frango na púcara. Gostei.
Com um PVP a rondar os cinco euros, são vinhos a provar e a descobrir, já que o portfólio é vasto...

(vinhos enviado pelo produtor)

Pouca Roupa Rosado e Tons de Duorum Branco by João Portugal Ramos






Podia ter falado destes vinhos, ambos de 2016 (ainda por cima, foram enviados pelo produtor há uns meses) quando estavam em maré alta para serem bebidos numa esplanada a solo ou a acompanhar comidas frescas, daquelas de Verão, mas esperei algum tempo...

Podem ser vinhos para beber no verão, mas porque não experimentar agora? O Pouca Roupa Rosé, feito em Estremoz com  Touriga Nacional, Aragonez e Cabernet Sauvignon pode ser servido como welcome drink ou a acompanhar uma boa alheira grelhada. Fresco e com alguma secura, bebe-se com evidente prazer.
Já o Tons de Duorum, vem do Douro Superior, é feito pelo Eng. José Maria Soares Franco e tem um bocadinho de Moscatel a marcar o lote. Fácil de beber, o estilo tem vindo a ser afinado e é porreiro servido assim, sem mais nada, ou a acompanhar umas entradas.

São vinhos com um PVP abaixo dos quatro euros, muito bem feitos, para beber descontraidamente. 

(vinho enviados pelo produtor)





terça-feira, 17 de outubro de 2017

Provas #9


Vinhos abertos e bebidos num almoço há uns meses...




  • Quinta do Ortigão Bruto, feito pelo Osvaldo Amado, é um espumante de entrada de gama sedutor, para quem gosta de espumantes sérios. Bairrada Power
  • Champagne Baron Fuenté Bruto Grande Reserva. Um dos Champagnes com melhor relação qualidade/preço do mercado. Custa cerca de vinte euros no jumbo e vale bem a prova.
  • Pequenos Rebentos Alvarinho Edição Especial, à moda antiga 2015. Um grande vinho do Márcio Lopes que já provei muitas vezes e que é bem capaz de ser um dos melhores Alvarinhos que já bebi. Fresco e mineral, vai durar anos na garrafa. Pena é que já quase não se encontra...
  • Vinha Paz Colheita Tinto 2011. Um portento de vinho, mete monstros do Dão em respeito e ainda se ri. É o terroir, o ano e a vontade do Dr. Canto Moniz a falar mais alto. Custava cerca de sete euros. Melhor é quase impossível.
  • Ramos Pinto Porto LBV 1997. Engarrafado em 2001, sem filtração, mostra tudo o que um grande Porto tem: elegância e pujança, frescura, complexidade e um grande final de boca. Que grande vinho...

O Prazer do Vinho e a Arte do Mário Nuno, o Vigneron das Bágeiras




Almoço de convívio com amigos.

Bolhas da Bairrada feito por quem os trata por tu. Falamos do Mário Sérgio Alves Nuno, um dos mais reputados criadores de vinho de Portugal e uma referência incontornável da Bairrada.

Super Reserva em Magnum, duas de 2014 (saíram mil garrafas numeradas) , uma Double Magnum Velha Reserva 2001 (Edição Limitada, saíram apenas 130)

Grande o Super Reserva, mas o 2001 mostrou que na Bairrada se fazem grandes Vinhos Intranquilos ao nível dos melhores do Mundo.



O Vintage 1994 da Ramos Pinto que se bebeu no fim (e é um Tubarão), complementou bem a refeição.



sexta-feira, 13 de outubro de 2017

3 Brancos Baratos e Muito Bons




Foram quatro meses de pausa aqui no Blog.

Tempo para pensar se vale e pena continuar a ser blogueta/enochato e mandar umas postas sobre vinhos que vou provando ou se deixo isso para os profissionais. 
Recentemente, o "chamado" guru dos vinhos portugueses, aka João Paulo Martins, voltou a malhar (ou marrar) nas pessoas que escrevem sobre vinhos (entrevista aqui). Como não compro o seu (dele) Guia de Vinhos há cerca de dez anos nem o conheço pessoalmente, não liguei muito. 
Com estas recentes alterações das Revistas mais vendidas, não se ganhou grande coisa e nem o Fugas ou a revista do Espesso trazem muito de novo.

Aliás, muitas vezes dou comigo a falar com o meu Pai sobre temas relacionados com vinho e as coisas de que ele fala já foram repetidas à exaustão há uns anos atrás, o que bem revela a falta de assunto no que aos vinhos concerne (salvo algumas excepções, naturalmente).

O povo quer é muito e barato, de preferência tinto do Além-Tejo, daqueles que o Tio Belmiro e o sr. Soares dos Santos vendem ao (aparente) preço da uva mijona, bem gulosos e com teores de álcool a rondar os 15º e que o povo bebe em maus copos e à temperatura ambiente, ou, dito de outro modo, bebem uma sopinha de álcool...

Dito isto e com #vinhosdosamigalhaços retomo a demanda de falar de vinhos que muito pouca gente bebe, embora estes três sejam baratos, fáceis de encontrar e podem ser esquecidos e bebidos daqui a dez anos. São obrigatórios para o enochato ter na garrafeira e passam ao lado dos bebedores que compram o puro do lavrador para beber no ano ou vão às pseudo promoções da moderna distribuição a pensar que compram lebre por gato quando na verdade estão a comprar gato por lebre...




No alinhamento, temos o Quinta das Bágeiras branco 2016. Produzido pelo Mário Sérgio Alves Nuno, custa cerca de cinco euros e é um vinho fora de moda, até para apreciadores de vinhos brancos, mas dá um gozo do caraças à mesa, com uma feijoada de samos e línguas de bacalhau, por exemplo. Guardem-se umas garrafas durante uns quatro ou cinco anos e o vinho cresce e pede um bacalhau no forno ou até um frango igualmente forneado (e daqui a uns vinte anos, estará de "estalo"). Grande vinho da Bairrada! A seguir, temos o Quinta dos Roques branco 2015. Feito pelo Luís Lourenço, é um clássico do Dão que não ganha concursos (fica logo afastado do disparate de ser o melhor vinho do mundo), mas que sabe bem a solo ou a acompanhar comida. Afinfe-se-lhe com um arroz de polvo em modos e ele lá estará para mostrar o que vale. Está no Supercor do ECI a uns modestos três euros e setenta e cinco centimos, por isso é para comprar às caixas e ir desfrutando dele nos próximos vinte anos. Por fim, o Marquês de Marialva Arinto Reserva 2016. Feito pelo Osvaldo Amado na Adega de Cantanhede, é o mais consensual. Passa por madeira (em parte), está no Jumbo a cinco euros e bebe-se com qualquer coisa. Acredito que vá evoluir bem em garrafa, mas nesta fase acompanha bem um pregado no forno. Futuramente, veremos como evolui.