Cada vez está mais na moda falar de vinhos, mas quem fala, quase nunca sabe bem do que fala. Um clássico é a "diferenciação" entre verdes e maduros (disparate).
A região dos Vinhos Verdes oferece-nos neste momento, grandes vinhos.
Um Vinha antiga de 2003 feito de Alvarinho, mostrou-se são, bem evoluído, quase treze anos após a colheita, muito porreiro para acompanhar umas entradas (salmão fumado, melhor com pastas de fígados, por aí).
Outro Alvarinho, saído das sábias mãos de Anselmo Mendes no ano maldito de 2002 ficou para o fim, a acompanhar uns queijinhos. Melhor, mais complexo do que o Vinha Antiga, mantem uma frescura e acidez notáveis ao fim de quase catorze anos.
Outro clássico, aqui vindo de quem sabe, é que os vinhos de mesa do Douro não aguentam grande guarda...
Subscrevo, mas provar o primeiro Quinta da Touriga Chã, de 2001 a acompanhar o almoço (um lombo de porco recheado, batatas assadas e legumes salteados) deu-me uma nova visão. Claro que há grandes vinhos no Douro com enorme capacidade de evolução em cave, mas durante anos foram parkerizados, cheios de fruta quase compotada enquanto novos, com as sedutoras notas da madeira nova em que estagiaram. Nada disso se aplica a este vinho... Madeira muito bem integrada, frescura e acidez no ponto, um bouquet de sonho e excelente aptidão para acompanhar comida. Pena é que que não será nada fácil abrir outra garrafa...
Da Quinta do Crasto saem grandes vinhos e o Vinha Maria Teresa de 1998 foi a primeira edição de um dos mais cobiçados vinhos do Douro. Servido no fim do almoço, deu para alimentar uma boa conversa sobre vinhos. Este é outro vinho que não devo voltar a provar...
No inicio, como welcome drink, o mais que competente Espumante Quinta do Ortigão Reserva 2010, feito pelo Osvaldo Amado, que é um Senhor no que concerne às bolhinhas. Qualquer dia fica a ser conhecido pelo Sr. Espumante :)
E para finalizar, um Gold Label com café e tal. Depois do Vinha Maria Teresa não fazia sentido beber mais vinho.