segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Mouchão 2005




O Mouchão é um dos vinhos míticos do Alentejo. Alicante Bouschet de vinhas velhas e longos estágios em madeira e na garrafa, aliados a uma história centenária, como referi de passagem aqui, fazem deste vinho uma referência incontornável. Uma garrafa custa trinta euros, o dobro do Ponte das Canas e menos de metade do tonel 3-4. Sério e grave e a crescer ainda, quase oito anos após a colheita, surge complexo no copo, balsâmico e fresco, mas cheio de fruta, especiado e com boas notas da madeira, taninos arredondados e um final enorme. Pede comida à altura, como este estufado de tripas e mão de vaca com grão de bico, os espanhóis callos con garbanzos, de que deixei nota aqui, numa saudosa trilogia com a Ana e o Luís.  


Grande vinho :)


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Adega Mãe Alvarinho 2012




Alvarinho de Lisboa, produzido pela Adega Mãe, empresa do grupo Riberalves, com enologia de Anselmo Mendes e Diogo Lopes. Muito bem feito, como seria de esperar de um Alvarinho de Anselmo Mendes, fresco e mineral, mas com corpo e estrutura para se portar muito bem à mesa. Custa sete euros no Continente e esteve brilhante a acompanhar um empadão de bacalhau. Altamente recomendado para beber já e guardar umas garrafas para acompanhar a sua evolução.


sábado, 1 de fevereiro de 2014

Quinta do Noval Labrador Syrah 2010




À primeira vista, um vinho feito com Syrah na Quinta do Noval é o equivalente vínico ao Aston Martin Cygnet e decerto muita gente deve ter pensado onde é que estavam com a cabeça quando a empresa produtora do mítico Vintage Nacional se decide a lançar este vinho, mas na verdade foi uma boa ideia. Syrah no Douro, num registo elegante e fresco, é um vinho muito agradável e amigo da mesa. Custa pouco mais de doze euros na Garrafeira Nacional e é uma boa escolha ao preço. Provei-o a acompanhar um frango de capoeira estufado em vinho tinto no tacho de barro e ligaram muito bem.