segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Marquês de Borba Espumante Rosé 2013





Depois de ter lançado em 2009 o Espumante Conde de Vimioso, João Portugal Ramos apresenta agora o Marquês de Borba Rosé Bruto Natural de 2013. É feito com Pinot Noir, Touriga Nacional e Aragonez. Tem uma bela cor rosa salmonada, uma bolha fina, elegante e é muito porreiro para beber como welcome drink ou a acompanhar pratos simples e de sabores pouco intensos. Tem um PVP recomendado de € 12,49. Gostei de o provar assim, a solo.
 
(vinho enviado pelo Produtor)
 

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Prova Vertical do Tinto da Talha Grande Escolha, by Joana Roque do Vale @ Restaurante Big Bife




 
 Uma prova vertical é uma prova em que se provam (passe o pleonasmo) vinhos da mesma marca, mas de anos diferentes. Quanto mais abrangente melhor, em especial quando se trata de vinhos com potencial de desenvolvimento em cave.
É difícil de fazer, a menos que se guardem os vinhos durante alguns anos, se tenham amigos que também tenham garrafas ou que o Produtor os disponibilize. Depois ainda temos que reunir um grupo de amigos que se queiram sentar para provar os vinhos e organizar a prova. Não é tão simples quanto parece.
 
Aqui falamos do Tinto da Talha Grande Escolha, o topo da gama da Roquevale, feito pela Enóloga Joana Roque do Vale, que teve a amabilidade de enviar as garrafas das colheitas de 2003 a 2010. O PVP recomendado ronda os oito euros e o vinho é feito com castas diferentes, consoante o ano.
 
Ainda sobre as provas verticais, surge sempre a questão de começar pelos vinhos mais antigos e avançar para edições recentes ou começar pelos mais recentes e ir para os mais antigos. Ambas as opções são válidas e dependem de múltiplos fatores, como o tipo de vinho, a expectável evolução em cave e mesmo as preferências pessoais.
Nesta prova em particular, preferimos começar pelo mais recente, o 2010, para lhe tomar o pulso e ir recuando até ao 2003 e devo dizer que foi uma decisão acertada (pelo menos para quem esteve na prova).
Parece-me pertinente referir que estes vinhos foram enviados a vários Bloggers em Dezembro do ano passado e se por um lado lamento não ter feito logo a prova, por outro não me pareceu mal ter esperado estes meses para ver que tal estavam estes vinhos passado quase um ano.
 
Começámos por abrir as garrafas, tarefa que ficou a cargo do Sérgio Lopes do Blog Contra Rótulo (já agora deixo aqui a apreciação que ele fez dos vinhos) e fazer uma prova rápida para avaliar da necessidade de decantação e ver das temperaturas de serviço. De seguida fomos provando e trocando notas, enquanto íamos jantando num ambiente informal.
 
Deixo uma breve descrição dos vinhos e pela primeira vez em alguns anos vou deixar a minha classificação pessoal (avaliação quantitativa), tendo em conta o preço:

 
  • 2003 - Feito com Touriga Nacional e Aragonês, tem 14,5º de álcool e reflete o calor do ano. No entanto, evoluiu muito bem e depois de decantado e servido, foi abrindo e revelou-se um dos vinhos da noite. Treze anos após a colheita, está em muito boa forma. Nota pessoal: 17,0.
  • 2004 - Feito com Syrah e Touriga Nacional. Muito equilibrado, estava a ser o meu vinho da noite, mas depois da refeição caiu um pouco, o que não me impediu de gostar muito. Nota pessoal: 17,0.
 
  • 2005 - Feito com Touriga Nacional e Aragonês, tem apenas 13º de álcool e apresenta um lado mais vegetal e mais fresco. Muito consensual. Nota pessoal: 16,5/17.
 
  • 2006 - Syrah e Touriga Nacional e 13º de álcool. Reflete um ano difícil, é mais direto e está uns furos abaixo dos outros. Nota pessoal: 15,5.
  • 2007 - Syrah e Alicante Bouschet com 13,5º de álcool. Muito equilibrado, fresco e fácil de beber, merece ainda um ou dois anos em garrafa para mostrar tudo o que vale. Nota pessoal: 16,5/17.

 
  • 2008 - Feito com Aragonês e Alicante Bouschet, tem 14,5º de álcool. Leva algum tempo a abrir e está em bom nível, pronto a beber. Nota pessoal: 16,5.
  • 2010 - É a edição que esta atualmente no mercado. Feito com Aragonês e Touriga Nacional, tem notas de fruta bem madura, algum floral e 14º de álcool que se notam, pelo que se deve ter algum cuidado com a temperatura de serviço. Merece alguma guarda para ver como evolui. Nota pessoal: 16,5.
 
Remeto ainda para este artigo, saído no Fugas.
 
 
Para acompanhar os vinhos, para alem das entradas, provámos umas petingas frescas com arroz de legumes,

 
um frango chamado à passarinho e

 
um bife laminado com molho de alho.
 
Comidas simples e bem feitas, do Restaurante Big Bife.
 

 
E mais uns vinhos de entrada e saída a complementar esta prova...

 

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Duorum 2014



 
Este vinho nasceu da parceria entre João Portugal Ramos e José Maria Soares Franco e teve a primeira edição na colheita de 2007. Desde então, afirmou-se como um dos melhores e mais versáteis vinhos tintos do Douro, na gama de preços a rondar os dez euros.
Este 2014 saiu há pouco tempo para o mercado e apesar de ainda estar muito jovem, já da prazer à mesa. Feito com 40% de Touriga Franca e outro tanto de Touriga Nacional, com a Tinta Roriz a completar o lote, tem boas notas de frutos vermelhos bem maduros, algum floral e algumas notas de mato e especiarias. Madeira no ponto e taninos suaves aliados a uma boa acidez, denotam que merece guarda (há pouco tempo provei o 2011 e estava em excelente forma).
 
É um vinho consensual, muito bem feito e a um preço simpático, perante a qualidade. Um valor seguro, com a vantagem de se encontrar à venda em garrafeiras, mas também na chamada moderna distribuição.
 
Acompanhei-o com um galo de capoeira feito no forno, no púcaro de barro preto e o vinho deu muito boa conta de si.

 
(vinho enviado pelo produtor)
 

Quinta da Serradinha Tinto 2010


 
Mais um vinho do António Marques da Cruz (depois do rosé que deixei aqui), um tinto com quase seis anos, feito com Baga (35%), Castelão (30%), Touriga Nacional (20%) e Alfrocheiro (15%), em Barreiros, perto de Leiria. Fermenta em balseiros abertos e estagia em madeira velha. Pelas castas, modo de vinificação e influência Atlântica, faz lembrar um Bairrada feito à moda antiga. Muito boa a articulação entre notas vegetais, frutos vermelhos e da madeira, muito boa acidez e uns taninos médios fazem adivinhar muitos anos pela frente. Tem apenas 12,5º de álcool e é um vinho obrigatório para qualquer enófilo. Gostei muito do vinho e ligou bem com uma feijoada.

 

Serradinha Rosé 2015



 
 Este é um vinho improvável, completamente fora do baralho, como diria o Sérgio, do Blog Contra-Rótulo. É feito perto de Leiria pelo António Marques da Cruz a partir de uvas de Castelão e em talha de barro.
O resultado é um vinho muito fresco, terroso, com apenas 11º de álcool e com uma excelente aptidão gastronómica. Diferente, marcante e imperdível. (mais informação aqui).

 
Acompanhou um lombo de bacalhau confitado, com batatas a murro, salada, uns espinafres salteados e umas azeitonas.
 

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Papa Figos Tinto 2014



 
Este Papa Figos veio colmatar um vazio que existia nos vinhos tintos da Casa Ferreirinha, entre o mais que conhecido Esteva (que custa cerca de quatro euros) e o Vinha Grande (com PVP a rondar os dez euros). Tem um PVP recomendado de cerca de seis euros e é feito com castas "naturais" no Douro, a saber, a Tinta Roriz, a Touriga Franca, a Touriga Nacional e Tinta Barroca. Com assinatura de Luís Sottomayor, enólogo da Casa, é um vinho bem feito, equilibrado, com boas notas de fruta bem madura, mas sem ser compotada e ligeiro cacau. A passagem por madeira vem dar alguma complexidade a este vinho que é fácil de beber e bastante amigo da mesa.
Fácil de beber e fácil de encontrar (em garrafeiras e supermercados) é uma das boas opções ao preço, sobretudo pela aptidão gastronómica que demonstra.  

 
Provei-o com um naco de pá de porco marinada em vinho tinto e alhos e estufada, com um arroz de legumes e uma salada a acompanhar. Gostei.
 
(vinho enviado pelo produtor)
 

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Os Sossegos da Vidigueira e da Sogrape



 
A Herdade do Peso, ali na Vidigueira, propriedade da Sogrape, lançou uma nova gama de vinhos chamados de Sossego e assinados pelo enólogo Luís Cabral de Almeida. Com um PVP recomendado de € 4,99, ficam ali entre os Vinha do Monte e os Herdade do Peso colheita e o Trinca Bolotas.
 
O Rosado, feito de Touriga Nacional é fresco e descomplexado, amigo de conversa se servido como welcome drink e da mesa a acompanhar entradas várias. Tem boa aptidão gastronómica, por isso vai bem com saladas, pataniscas de bacalhau e coisas assim. Porreiro.
O Branco, feito com Arinto, Roupeiro e Antão Vaz e ao contrário do que referem na press release, não parece Alentejano; nada pesado, fresco, com boa acidez, fica muito bem na mesa a acompanhar uma alheira grelhada ou peixes gordos no forno.
Já o Tinto, feito com Touriga Nacional, Aragonez e Syrah, com leve estágio em madeira, pede um ensopado de borrego.
 
Vinhos com boa aptidão gastronómica, baratos e fáceis de beber, agradam.

 
(vinhos enviados pelo produtor)
 

sábado, 23 de julho de 2016

Aguião Vinhão 2015



 
 Vinho feito de Vinhão (Sousão, no Douro), vem de Arcos de Valdevez e é lançado muito cedo no mercado, para acompanhar a bela da Lampreia.
Claro que a acidez marcante do vinho casa muito bem com a bicha, mas no verão, a acompanhar cenas na grelha e outros pratos, vai muito bem.

 
Cheio de notas de fruta, final algo vegetal e "aquilo de pintar a malga", caracterizam este vinho do Dr. Simão Pedro de Aguiã, um clássico que anda ali entre os vinhos que precisam de um kompensan e os outros que aparecem mais elegantes. Gosto muito e o vinho brilhou a acompanhar um bife de Angus no ponto, com batatas a murro e uma salada. Custa cerca de cinco euros e merece prova!

 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Azeite Oliveira Ramos Premium



 
Este azeite virgem extra é produzido por João Portugal Ramos em Estremoz a partir de oliveiras das variedades Cobrançosa, Picual e Galega provenientes de solos Xistosos em avançado estado de metamorfização. As azeitonas são colhidas manualmente quando apresentam o grau de maturação adequado e são rapidamente levadas para o lagar, permitindo a extração dos azeites a partir de frutos frescos, sãos e íntegros. A extração é feita a frio através de centrifugação em duas fases com controlo de temperatura e o azeite é depois conservado em depósitos de inox com controlo de temperatura e sem contacto com oxigénio, até ao engarrafamento, preservando todas as suas características organolépticas. (adaptado da ficha técnica).
 
Gosto muito deste azeite, nada madurão, com notas de erva acabada de cortar, casca de banana e maçã verde. Termina longo, com notas de frutos secos. Fresco e ligeiramente picante, deve ser consumido em cru. Tem um PVP recomendado de € 8,99, que me parece correto face à qualidade do azeite.
 
Na press release que acompanhava a garrafa vinha uma proposta de um bacalhau Vila Santa que um dia irei seguramente experimentar, mas com outro azeite, já que a receita mete um refogado.
 
Preferi usar o azeite para temperar uma salada, juntamente com o vinagre do mesmo produtor e que é para mim um excelente vinagre para temperar pratos leves.
 

 
(azeite enviado pelo produtor)
 

Quinta dos Carvalhais Colheita Branco 2015




 
Este novo vinho da Quinta dos Carvalhais feito pela Beatriz Cabral de Almeida a partir de Encruzado (80%) e Verdelho (20%) é um branco do Dão muito bem feito, equilibrado, pronto a agradar a qualquer pessoa que goste de um bom vinho branco. Custa pouco mais de seis euros e vale a pena apreciar a sua elegância e frescura a acompanhar pratos de verão (seja lá o que isso for) e já agora, guardar umas garrafas para ir bebendo.

 
Gostei muito do vinho a acompanhar umas sardinhas em tomate, com batatas cozidas com pele, ovo e uma salada de alface e tomate, com umas azeitonas pretas a compor o ramalhete.
 
(vinho enviado pelo produtor)
 

sábado, 2 de julho de 2016

Quinta dos Carvalhais Colheita Tinto 2012



 
A Quinta dos Carvalhais, propriedade do Grupo Sogrape, é uma das mais emblemáticas quintas do Dão. Durante mais de vinte anos, Manuel Vieira foi o responsável pelos vinhos. Atualmente, essa tarefa está nas mãos da Beatriz Cabral de Almeida. Mais sobre Manuel Vieira, um grande Enólogo, pode ser visto aqui. Este colheita tinto de 2012 apresenta-se ainda muito jovem, mas tem tudo o que se espera de um vinho do Dão: frescura, elegância e capacidade de melhorar se guardado uns anos, características que se complementam com a boa aptidão gastronómica. Custa cerca de seis euros na Garrafeira Nacional e é uma escolha imperdível ao preço.

 
Acompanhei o vinho com um bife da vazia de Angus, grelhado e finalizado com um molho que levou vinho, alhos e louro, umas batatas assadas com pele (ditas a murro, com azeite e alho) e uns grelos salteados. Ligaram muito bem.
 
 
(vinho enviado pelo produtor)
 

terça-feira, 21 de junho de 2016

Papa Figos Branco 2015 e Bife de Atum




"Há um novo branco no Douro". É assim que a Casa Ferreirinha apresenta este Papa Figos 2015. "Elegante, clássico e simultaneamente moderno, é um vinho que representa não só o potencial da região, como a diversidade e a dinâmica de uma marca que se reinventa a cada vindima", como refere o Enólogo Luís Sottomayor. Feito no Douro Superior, é muito porreiro e com um PVP recomendado de € 6,49, merece prova atenta a acompanhar comida.

 
 
O vinho esteve muito bem com uns bifes de atum, com salada, batatas a murro e umas azeitonas. É fresco, nada chato, uma boa escolha para este verão. E daqui a um ano ou dois é capaz de estar ainda melhor. Gostei muito...
 
 
(vinho enviado pelo produtor)
 
 

terça-feira, 14 de junho de 2016

Vinhos num Almoço, apenas...

Quem sabe destas coisas de comida e vinhos e faz vida disso, sabe que as "harmonizações" (ou mariadagens, como gosto de dizer) entre a comida e o vinho são fundamentais para o sucesso de uma refeição ou de um restaurante (com ou sem estrelas dos pneus). Num modo caseiro, pode-se preparar qualquer coisa para comer e para ir acompanhando uns vinhos...
 
Neste almoço, comeu-se uma açorda de bacalhau e espargos selvagens, parecida com esta e depois um naco de cachaço de porco no forno.
 
 
A açorda...

 
Os vinhos não seguiram nenhum alinhamento traçado previamente, foram-se abrindo e provando:
 
  • Espumante Caves da Montanha Prestige Bruto; porreiro para welcome drink, simples, bem feito e barato (custa menos de cinco euros no Pingo Doce);
  • Quinta de Camarate branco 1999, da José Maria da Fonseca. Deixei nota de prova de um tinto aqui e devo dizer que este branco com quase dezasseis anos ainda está em muito boa forma;
  • Pequenos Rebentos Alvarinho e Trajadura Escolha 2014 é um vinho feito pelo Márcio Lopes, está muito novo ainda, mas bebe-se muito bem. Muito bom, é um vinho que vou provando há anos e nunca desilude (outra nota aqui);
  • Encostas do Enxoé 2008. Já tinha deixado nota de prova aqui e está aí para as curvas. Belo vinho, feito com o improvável Roupeiro (Síria, na Beira Interior, como este, feito pelo João Tavares de Pina);
  • Casa de Saima branco 1995. Um "monstro" da Bairrada com vinte anos e muita vida pela frente;
  • Messias Dão 1983 foi o vinho de passagem para os tintos. Alguma evolução inicial, melhorou muito no decanter (e os vinhos antigos podem "morrer" ou "renascer" quando saltam,  da garrafa). Notável para um vinho com quase a idade que cristo tinha quando "ressuscitou";
  • Torre de Tavares Jaen 2008. Normalmente esta casta surge em lote no Dão, mas o João Tavares de Pina vinificou-a a solo e fez um vinhão. Quase oito anos após a colheita, está excelente. Para babar, beber ou guardar mais uns anos;
  • Quinta do Ribeirinho 1ª Escolha 1996 foi feito com Baga e Touriga Nacional pelo Eng. Luís Pato e apresenta uma evolução notável. Outro "monstro" da Bairrada;
  • Quinta das Bágeiras Grande Reserva Espumante Bruto Natural 2011. Num ano de grandes vinhos, o Mário Sérgio Alves Nuno, "reservou" este, lançando 7.288 garrafas de um espumante de sonho. Curiosamente, tinha provado este vinho há dois anos (na altura, Super Reserva) no dia em que o Mário recebeu uma comenda e de que dei nota aqui;
  • Barbeito 1996. Um vinho da ilha da Madeira, feito de Tinta Negra e proveniente de uma só pipa. Em Abril de 2013 foi engarrafado (1.074 garrafas de meio litro). Um vinho de classe mundial...
 
 
 

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Arroz de Espargos e Chouriço de Cebola | Pequenos Rebentos Escolha 2015 Alvarinho e Trajadura e Quinta do Cerrado Encruzado 2008




 
Um arrozinho (carolino), caldoso, com espargos frescos, pimento vermelho e chouriço de cebola foi o mote para provar o mais recente vinho do Márcio Lopes, feito com Alvarinho e Trajadura (e que ainda não está no mercado).
 
Muito bem faz o Márcio em não lançar os vinhos muito cedo...
 
O vinho precisa ainda de algum tempo em garrafa, mas está muito porreiro. Fresco, com acidez no ponto (apenas precisa de equilibrar as notas de fruta com as vegetais e teremos outro belo PR A&T by Marcio Lopes). Esteve muito bem a acompanhar o prato.
 
Depois deste, rumo ao Dão e a um Encruzado de 2008. Alguma evolução, mas ainda mantém boa acidez e frescura. Depois da pujança do Pequenos Rebentos, soube bem, sereno e ainda com vontade de acompanhar o prato e depois um queijinho de ovelha.
 
 
Como tinha referido no post anterior, Minho e Dão dão grandes vinhos...
 

sexta-feira, 27 de maio de 2016

3 Brancos do Douro




 
  • Maritávora 2014, feito pelo Jorge Serôdio Borges, elegante, fresco, porreiro para beber ou guardar...
  • Quinta da Covada 2011, feito pelo João Pinto, passou por uma fase "parva" e agora está um vinhão. Quem me dera ter mais...
  • Ensaios Soltos Viosinho 2011, do Márcio Lopes. Sempre muito composto, agradável e com garra.
 
3 perfis, 3 brilhantes Enólogos e 3 vinhos que não se encontram em qualquer lado, mas que merecem prova atenta.
 
Para mim, brancos de luxo fazem-se no Minho, no Dão, na Bairrada e em Bucelas, mas estes 3 Durienses são muito bons.
 

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Caras de Bacalhau | Quinta dos Roques Branco 2014



 
Uma boa cara de Bacalhau, com muito e bom azeite, alho e mix de legumes é para mim uma perdição.
 
E para acompanhar, um vinho branco do Dão, feito pelo Luís Lourenço. Encruzado, Malvasia, Bical e Cerceal, é bom, barato, tem uma frescura que espanta e é do melhor que conheço para acompanhar este prato. Ou um bacalhau no forno ou um cozido. Daqui a dez ou vinte anos ainda estará vivo. Grande vinho...

 

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Meandro 2013 | Costeletas de Borrego





 
 
É o vinho "de entrada" da Quinta do Vale Meão, de Francisco Olazabal e um dos melhores vinhos do Douro Superior, ao preço. Curiosamente, custa quase onze euros na Garrafeira Nacional e mais um eurito na moderna distribuição, o que vem apenas confirmar o que já disse algumas vezes, que há muitos vinhos a preços mais cordatos em garrafeiras...
Nesta edição, teve 92 pontos Parker, o que o torna um "campeão" na relação qualidade/preço. Não tem a complexidade do Quinta do Vale Meão, mas uma caixa deste Meandro (seis garrafas) custa pouco mais do que uma garrafa do QVM. Roxinho, austero e com alguma secura, tem 14,5º de álcool e apenas precisa de ser ligeiramente refrescado (servir a 16º C), servido em bons copos e a acompanhar boa comida, ele brilha. Além disso, bebe-se muito bem assim, em novo, previamente decantado ou a deixar "abrir" no copo, mas é capaz de ganhar algo com uns anos em cima. Compre-se uma caixa e guarde-se; ao fim de meia dúzia de anos poderá ser uma bela surpresa.

 
Ligou muito bem com umas costeletas de borrego marinadas umas horas em vinha de alhos e depois grelhadas e servidas com o molho da marinada, umas batatas a murro e uns grelos de couve salteados.
 

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Encostas do Enxoé Branco 2008 e 2004



 
 Vinho da Sociedade Agrícola de Pias, perto de Serpa, no inicio do século era feito com uvas da casta Roupeiro. Mudam-se os tempos e as tempestades e agora é feito com as mais consensuais Arinto e Antão Vaz.
Mas estes roupeiros com alguma idade, surpreenderam muito.
 
O 2008 estava como eu esperava, com alguma evolução, notas licorosas a rondar o copo, mas ainda em muito boa forma. É capaz de mariadar muito bem com uns bifes de atum de cebolada, feitos assim.
Já o 2004 era um poço de frescura, parecia um vinho do ano passado, mas sem as notas da fruta fácil. É um vinho perfeito para acompanhar um bacalhau no forno. Grande, grande vinho...
 
 
 
 
 

terça-feira, 10 de maio de 2016

Brum Verdelho dos Biscoitos 1992




 
Um tesouro do Atlântico...
 
Quando se fala de vinhos licorosos (ou fortificados), normalmente fala-se de Portos (eventualmente moscatéis do Douro), Moscatéis de Setúbal e Madeiras e esquecem-se os belos vinhos dos Açores. O Verdelho dos Biscoitos, na Ilha Terceira é absolutamente mítico e este 1992 da Casa Agrícola Brum é de sonho!
Em primeiro lugar, porque dificilmente se encontra no Continente (o europeu, não é a loja do tio belmiro que por acaso até tinha um Lagido, da ilha do Pico, mas que não tenho visto à venda e na Garrafeira Nacional, temos apenas estes) e em segundo porque não precisa de comida.
Bebe-se assim, devagarinho, enquanto se espera pelo almoço ou pelo jantar, ou em alternativa, depois da sobremesa, a acompanhar uma boa conversa. Com 17º de álcool e quase vinte e quatro anos em cima, merece decanter, bons copos e ser servido ali pelos 14º C. Um vinho distinto, que precisa de tempo para se mostrar e que não agradará a todos. Sublime...
 
 
(partilho aqui o post do JVC, escrito há mais de dez anos)
 

sábado, 7 de maio de 2016

António Bernardino Paulo da Silva Colares Chitas Reserva 1987



 
Depois da edição de 1990, de que deixei relato aqui, provei o 1987. Pareceu-me em melhor forma, pede decanter e para ser servido em pequenas quantidades, para abrir no copo. Ainda com boa acidez, tem notas de couro e evolui para aromas de tawny com alguns frutos secos à mistura. Porreiro para beber a acompanhar uma conversa, mais do que comida. Com quase 30 anos, ainda está em boa forma.

 
Como complemento, remeto para este linque da Garrafeira Nacional.

 

Periquita Reserva 2013 | Jardineira de Entrecosto de Porco



 
Sobre o vinho, temos toda a informação aqui. Com um preço a rondar os oito euros, vale a pena comprar umas garrafas para beber já ou guardar. Tem boa aptidão gastronómica e acompanhou muito bem uma "jardineira" de entrecosto.