segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Uma Massada by me...

Esta massada by me foi um prato ideal para um jantar nestes dias que começam a ficar frios.

Assim, pedi no talho para cortarem entrecosto de porco em cubos e alourei-os em banha de porco. No tacho, juntei azeite e cebola e deixei-a ficar transparente. Adicionei chouriço e morcela em rodelas, cenoura, pimento e uma farinheira. Deixei estufar (juntei caldo de carne) e juntei o entrecosto e a massa. Juntei só um pouco de sal e servi.

Acompanhou com um elegante Herdade do Meio Cabernet Sauvignon e Syrah de 2004 (comprado numa loja do Eng. Belmiro a € 7,00 - chlép - no Jumbo está a € 33,00...)




























Queria ainda agradecer à Isabel este mimo:

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Dia de São Tomate

Tinha uma catrefada de tomates no frigorífico e um jantar para fazer. Então coloquei a mim próprio este desafio: fazer um jantar completo em que o tomate fosse usado em todas as fases da refeição, da entrada à sobremesa.
Para aperitivo, um clássico Bloody Mary, com uma proporção de 70% de sumo de tomate, 30% de Vodca e umas gotas de molho tabasco. Servi bem fresco sem gelo.
Para entrada, um creme de tomate, com cebola e um bocado de chouriço de porco preto (tinha comprado um e como não era nada de especial, sopa com ele...) e folhas de espinafre. Ácido e cremoso, uma delícia.
Tinha uns carapaus obscenamente pequenos (daqueles que não se encontram na peixaria e que são uma delícia) que resolvi fritar e acompanhar com um arroz de tomate, aromatizado com orégãos.
Para sobremesa, uma compota de tomate aromatizada com gin e casca de limão e queijo da Serra.
O vinho escolhido foi um Verdelho branco 2007, da Companhia das Lezírias.










quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Uma Sardinhada Outonal

Para fazer uma bela sardinhada só precisamos de sardinhas-quase-vivas, pimentos vermelhos, tomates razoavelmente maduros, azeitonas pretas, batatas de polpa branca, sal marinho, azeite a sério, vinho branco ou Sousão Verde, broa de milho caseira e bom tempo.

Nem é preciso boa disposição, porque ela vem por si...

Uma dica para assar as sardinhas... só precisam de muito pouco sal marinho enfiado na guelra e vão a assar mesmo por cima das brasas (em contacto directo, não incendeia) para evitar aquela fumarada desagradável que se forma quando a gordura respinga. A parte que acho mais piada é a das saladas, toda a gente se passa quando eu digo que é para temperar só com um pouco de flor de sal e um fio de azeite, sem cebola (dispenso) nem vinagre (que dá cabo dos palatos quando ser quer saborear um bom vinho). A de pimento assado é uma delícia. Nesta, só foi pena as batatas não terem sido cozidas com pele, faz uma diferença enorme.






quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O Museu do Douro

O Museu do Douro está em fase de conclusão do Núcleo Central, que será inaugurado por altura do Natal. Ao seu Director, o meu colega e amigo Fernando Maia Pinto dou desde já os parabéns.
As imagens abaixo foram retiradas da reportagem da Revista de Vinhos deste mês.




terça-feira, 7 de outubro de 2008

Lombo de Bacalhau Confitado com Molho de Serra e Bêchamel de Abóbora

Este prato, de confecção muito simples, agradou-me bastante.

Confitei um lombo de bacalhau (posição 1 da vitroceramica) e cozi abóbora. Fiz um bêchamel (base de manteiga e um pouco de farinha de trigo a que se junta leite) e juntei a abóbora. Servi com queijo da serra da Estrela sobre o bacalhau (foi ao forno a derreter um pouco) e temperei com um pouco de pimenta.






segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Vale Sagrado 1997

Este texto foi escrito pelo padrefrancisco que me pediu para postar aqui... (tudo eu?)

Foi há uma semana que bebi, em casa de um amigo, a duas milésima sexagésima terceira de um primeiro lote de cinco mil garrafas do vinho Vale Sagrado 1997, da Adega Cooperativa de Vila Nova de Foz Côa, que estiveram mergulhadas no fundo do rio Côa, entre 2 de Setembro de 1999 e 29 de Abril de 2001.

Tratava-se da primeira experiência no mundo, soube agora, de envelhecimento de vinho em meio aquático. A estratégia, face ao que é aconselhado para a guarda de vinho e que nós nunca dispomos em nossas casas, salvo muito raras excepções, parece ser irrepreensível. Ausência de luz e ar e uma temperatura constante, não fosse a presença constante de água em permanente ameaça a exigir um vedante a toda a prova.

Assim parece ter sido. Aberta a garrafa, a rolha, debaixo de uma camada espessa de lacre, apresentava-se imaculada. O rótulo, em homenagem aos povos da Idade da Pedra, é artístico e de forte e bela expressão cromática.

O vinho, servido cerca de 45 minutos depois de aberto, apresentou-se com coloração rubi atijolada, adquirida ao longo dos seus já onze anos de vida, quase dois em cama de lodo no rio Côa. Já sem notas primárias (nem sequer de H2O, bem pelo contrário!), mostrou-se de corpo médio, muito elegante, macio e muito vivo e complexo, prometendo mais alguns anos em forma (eu sei lá quantos mais) e acompanhou um belíssimo fondue de carne, ambos sem “espinhas”.

Coisas fantásticas que o Homem e a Natureza fazem juntos. No DOURO.



sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Trouxas de Porco com Pimento e Alheira, Pimento Confitado e Batatas Confitadas

As trouxas foram feitas com escalopes de porco recheados com pimento cortado em tiras finas e alheira. Foram a confitar no tacho de barro em azeite e temperadas com sal e pimenta. Juntei ainda uma bola de alheira e pimento fatiado fino.
À parte cortei batatas em rodelas finas, juntei azeite, sal e pimenta e levei à cloche com a resistência de cima ligada. À medida que as batatas iam ficando macias fui mexendo com um garfo de forma a obter uma "quase-pasta". Deixei gratinar um bocadinho.
Quando as trouxas estavam bem passadas levei a alourar no forno.
Servi as batatas com a trouxa e bolinha de alheira e tiras de pimento. Resolvi servir também os ingredientes do recheio confitados, à parte, para avaliar os diferentes sabores (a solo e nas trouxas)...





quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Eine Kleine Torte

Bem, esta foi feita completamente de improviso...
Peguei numa base de massa folhada pré-feita e dispus numa forma de tarte à temperatura natural. Entretanto, bati quatro ovos com cerca de 150 gramas de açúcar e um pouco de açucar baunilhado, juntei três colheres de sopa de mel, um pouco de whisky e um pacote de natas e bati até a mistura estar homogénea. Levei a forno a 170º C durante 40 minutos. Servi com natas batidas com um pouco de açúcar.
Ficou com uma textura fantástica, algo entre um pudim e uma mousse. Bela sobremesa; recomendo para acompanhamento um porto velho (tawnie, nem vintage nem LBV, porque não ligam bem com os ovos)