quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Feijoada de Leitão

Já tinha visto várias vezes umas embalagens que dizem "fritada de leitão" à venda num dos hipers do Eng. Belmiro e confesso que fiquei curioso com aquilo... Acabei por comprar uma sem saber muito bem o que fazer com aquilo. De qualquer modo, quando cheguei a casa pus a carne a marinar em vinho branco, peguei em dois ou três livros de cozinha e fui para a sala pensar que destino lhe dar (à carne, não aos livros). Inspiração, nicles. Ainda pensei em fazer um arroz e então resolvi retirar a carne da marinada e deixei um bocado no tacho com azeite a confitar. Entretanto piquei uma cebola e juntei ao tacho juntamente com o líquido da marinada. Juntei tomate e umas rodelas de morcela de arroz e deixei estufar. Entretanto fui olhando para o tacho e para uma embalagem de feijão manteiga e optei por uma feijoada. Temperei com um pouco de pimentão, pimenta e louro, juntei couve branca cortada e o feijão (depois de lavado). Deixei a apurar em lume brando e servi com um Quinta das Tecedeiras Reserva de 2003.

Achei muito interessante esta feijoada; bela variante ao leitão assado à moda da bairrada.
























Queria ainda agradecer este prémio à moonlight...


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Pedra Cancela Reserva Touriga Nacional 2006

Ao folhear a Revista de Vinhos deste mês, vi o Pedra Cancela Reserva Touriga Nacional 2006 do Eng. João Paulo Gouveia, com uma classificação de 17 pontos. Lembrei-me de um jantar com ele há uns meses (aquando do Viseu Gourmet) e tenho que dizer que a classificação só pode pecar por baixa. Na altura provámos os 2000, 2003 (em magnum) e 2004, todos eles excelentes. João Paulo, parabéns e continua a fazer esses vinhos fantásticos!


terça-feira, 23 de setembro de 2008

Uma Branca Tintureira

Confesso nunca tinha provado tintureira (uma espécie de tubarão), mas como no outro dia vi à venda (em posta higienizada e ultracongelada - bem, ando mesmo a comer plástico...) resolvi comprar e experimentar. Fiz umas pesquisas e o que vi não me animou por aí além; desde dizer que é bom para juntar à caldeirada, que se pode preparar como o espadarte, mas a carne é menos firme e sei lá que mais... Fez-me lembrar uma coisa que retive há uns meses numa revista que explicava a melhor forma de utilizar os peixes e que dizia que o melhor uso a dar a uma salema é voltar a deitá-la ao mar (por acaso, concordo, não gosto mesmo nada do peixe).
Acabei por fazer assim:

Numa travessa, deitei duas postas ainda congeladas, uma pitada de sal, sumo e um bocado de casca de limão, alho esmagado e vinho branco e deixei a marinar.
num tacho, cortei batatas em cubos e levei a cozer.
Levei a tintureira a grelhar (realmente tem uma carne pouco firme) e reservei.
numa frigideira, deitei um fio de azeite, deixei aquecer e juntei líquido da marinada com os alhos; deixei reduzir, retirei os alhos e fui polvilhando com farinha de trigo até ligar o molho.
Quando as batatas estavam cozidas, escorri a água da cozedura e juntei uma noz de manteiga (das Marinhas, chlép! - fez toda a diferença) e liguei com um garfo.
Servi a tintureira com o molho (que polvilhei com um pouco de oregãos secos) e o creme de batata.
Acompanhou com um Mural Branco 2006 (da Quinta do Portal)

Notas:

A tintureira não desiludiu. A textura da carne assemelha-se à da raia, mas sem as cartilagens, o sabor é agradável e o molho da marinada (com toques de limão e alho) complementou bem a carne; a batata, simplesmente "temperada" com manteiga das Marinhas ficou uma delícia. Por último, o Mural, com os seus 24% de moscatel a dar um toque de "doçura" que ligou muito bem com o prato.
"Uma branca tintureira", porque tudo era branco... ou quase!




sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Coxas de Frango com Pleurotus, Hortelã e Arroz de Pimentos

O arroz foi feito assim:

_num tacho, deitei um fundo de azeite, pimento verde cortado em tiras finas e arroz carolino; deixei fritar um bocado, mexendo sempre e juntei um pouco de vinho branco. Deixei ferver um bocado e juntei água a ferver para a cozedura do arroz (de forma a que a quantidade de líquido seja aproximadamente duas vezes e meia a do arroz).

As coxas de frango (por acaso era daquele de plástico do supermercado, que decidi experimentar porque absorve muito rapidamente sabores numa marinada, coze num instante e porque me apeteceu...) marinaram em alho esmagado e vinho branco; foram a alourar em azeite. Quando estavam louras, juntei os cogumelos e o líquido da marinada e deixei acabar de cozer (uns meros nanossegundos...). Juntei umas folhas de hortelã picadas e servi com um Tiara 2004 (ainda em boa forma...)





quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sachertorte - o Rescaldo

Na sequência do post anterior...

Acho que toda a gente gostou do bolo, e deste Cruz Vintage de 89.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Desafio - Sachertorte

Há algum tempo tinha postado aqui a receita daquele que é provavelmente o mais famoso bolo de chocolate do mundo - a Sachertorte, do Hotel Sacher, em Viena.

Entretanto, a Isabel desafiou-me para fazermos e postarmos uma Sachertorte ao mesmo tempo... Claro que aceitei o desafio com todo o gosto; trocámos receitas, opiniões e avançámos.

Confesso que não gosto de seguir receitas, mas apreender o que me parece essencial nas mesmas e arriscar. Fiz assim:

Juntei cerca de 120 g de manteiga com açucar suficiente para formar um creme e bati bem; entretanto deixei cerca de 180 g de chocolate a derreter em banho-maria, separei as gemas e claras de 6 ovos e ralei cerca de 100 g de amêndoas.
Juntei o chocolate derretido à massa de açúcar e manteiga e bati as claras com um pouco de baunilha. Quando estavam quase em castelo, fui adicionando a amêndoa e um pouco de farinha. Levei ao forno a cerca de 170º C em forma untada com manteiga e polvilhada com farinha. Quando estava cozido (ao fim de cerca de meia hora) retirei e deixei a amornar. Entretanto, levei mais cerca de 220 g de chocolate e um pacote de natas a lume brando, mexendo sempre; quando ganhou a consistencia de um creme desliguei o lume. Ao mesmo tempo, noutro tacho, aqueci cerca de 200 g de doce de alperce, mexendo sempre. Desenformei o bolo e juntei o doce deixando embeber bem. Juntei o creme de chocolate, sem me preocupar em alisar. Levei ao frigorífico...
Vai ser servida hoje ao lanche e comentada em novo post.








segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Leitão com Migas de Couve e Feijão Frade

Para mim, o leitão deve ser acompanhado com batata cozida e um vinho tinto ou espumante tinto da Bairrada como já tinha referido aqui.
Contudo, no outro dia estive numa apresentação de vinhos do Engº Luís Pato e ele referiu que costuma servir o leitão com um dos vinhos brancos dele. Bem, estamos sempre a aprender, pensei e logo decidi fazer a experiência; contudo, queria um acompanhamento diferente e pensei em fazer umas migas de couve, broa e feijão frade que é um acompanhamento do Restaurante "Fonte do Corvo" em Leiria.
Para acompanhar, um "Clara 2003", ainda em belíssima forma...





quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Sachertorte

Eduardo Sacher, chefe de cozinha do príncipe de Metternich, foi o criador da famosa Sachertorte que viu pela primeira vez a luz do dia em 1832. Mais tarde, a receita original passou para a nora, Ana Sacher, que tornou mundialmente famoso o Hotel Sacher de Viena, aberto entretanto – com este maravilhoso bolo, com o seu charme e elegância e, não menos, com o seu hábito de fumar charutos. Esta receita é da casa Sacher. Tudo o que sejam amêndoas, nozes ou cremes, nada têm a ver com a Sachertorte.

Ingredientes
140 g de manteiga
160 g de açúcar
180 g de chocolate ralado
8 ovos
30 g de açúcar em pó
140 g de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
200 g de doce de alperce
200 g de cobertura de chocolate
Um pouco de açúcar glaceado

Preparação

Bata a manteiga com o açúcar até obter um creme. Junte o chocolate derretido em banho-maria (que se arrefece, mexendo sempre). Continue a bater até fazer espuma. Junte as gemas pouco a pouco, batendo com força. Bata as claras em castelo, com o açúcar em pó, até ficarem firmes. Deixe deslizar sobre o creme de chocolate. Misture a farinha com o fermento em pó e deite-a sobre a massa. Misture tudo cuidadosamente. Deite a massa numa forma de fundo solto forrada com papel de alumínio ou com papel vegetal untado e leve ao forno a cozer.
Deixe o bolo arrefecer um pouco antes de o retirar da forma. Barre-o por fora com o doce aquecido e bem batido e deixe entranhar um pouco. Derreta a cobertura em banho-maria e barre o bolo com ela. Se gostar, divida a parte superior em doze partes e escreva em cada uma a palavra “Sacher” com açúcar glaceado.

In “Gook, Roland – As 100 mais famosas receitas do mundo”




segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Bacalhau no Púcaro de Barro Preto

Este podia chamar-se by me...

Apetecia-me fazer um bacalhau e ao mesmo tempo fugir do receituário convencional (o que, convenhamos, não é nada fácil).
Assim, peguei no púcaro de barro preto, esmaguei uns dentes de alho, juntei cebola em rodelas, tomate, pimento verde, chouriço de carne, chouriço de sangue, presunto e lombo de bacalhau; deitei um bocado de pimentão, batatas novas, cenoura e feijão verde. Reguei com azeite e vinho branco e levei a forno quente (210º C), tendo o cuidado de ir virando para não queimar.
O resultado esteve à altura das expectativas, uma vez que os sabores harmonizaram bastante bem, a cozedura ficou no ponto certo e consegui fugir ao receituário...
Acompanhou com um Montes Claros Branco Reserva de 2006.



























Agradeço ainda à Isabel este mimo:

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Costeleta de Vitela com Batatas Fritas e Esparregado

Esta proposta não tem nada de especial, é daquelas coisas banais que, pelo nome se comem em qualquer sítio. Mas é relativamente simples transformar algo de banal numa coisa deliciosa...
As costeletas de vitela (esta vitela era do Barroso, já não comia há bastante tempo esta magnífica carne) foram grelhadas na chapa sobre um fio de bom azeite. As batatas (de polpa amarela) foram cortadas em rodelas grossas e fritas igualmente em azeite (com a frigideira tapada). O esparregado é um bocado diferente do esparregado tradicional, apesar da base ser a mesma. Passo a explicar: derreti um bocadinho de manteiga na frigideira e juntei farinha; juntei leite, deixei cozer e juntei espinafres cozidos e picados toscamente. Contudo, a proporção da base (béchamel) em relação aos espinafres é diferente, porque deitei menos espinafres, ficando um esparregado mais aveludado e mais claro (também porque não usei qualquer outro molho).

Para acompanhar este prato servi um Madrigal 2004 do Eng. José Bento dos Santos.





segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Arroz de Chouriço de Sangue e Feijão Verde

Ás vezes gosto de ir a algumas lojas de comércio tradicional na Baixa Portuense; as coisas até são caras, mas a simpatia e disponibilidade de alguns proprietários compensam o preço que se paga. Tinha visto uns chouriços de sangue da beira com um aspecto excelente e decidi comprar para incorporar num cozido. No entanto, tinha no frigo um feijão verde excelente e pensei o que é que havia de fazer... lembrei-me deste arroz, que fiz assim:

No tacho de barro, deitei cebola e um fio de azeite; juntei o chouriço e deixei estufar um pouco. Juntei água a ferver e o feijão cortado e deixei cozer um pouco. Juntei o arroz e quando estava a dois terços do tempo da cozedura rectifiquei temperos (na verdade temperei com uma pitada de sal, porque não tinha deitado nada e também de mais nada precisou) e deitei num púcaro de barro, deixando acabar a cozedura no forno a 170ºC.

Acompanhou com um Passadouro 2000...





Bolo/Pudim de Leite Condensado e Coco

Já tinha visto esta proposta aqui e aqui e achei que era uma coisa a fazer, afinal de contas é facílimo...

Ingredientes (os que usei)

uma lata de leite condensado
cerca de 125 g de coco ralado
5 ovos

Preparação

Misturar o leite condensado com os ovos e juntar o coco;
levar a tabuleiro forrado com papel vegetal e manteiga e levar a forno a cerca de 180ºC durante aproximadamente 30 minutos (verificar a cozedura com um palito).

Achei muito agradável. Sem dúvida a repetir (da proxima acho que lhe junto leite de coco...)