(notas de um jantar nas fraldas da Serra da Estrela)
"O Café Central, Adega Restaurante privilegia o serviço a grupos iguais ou superiores a 10 pessoas, porquanto reserva as suas duas salas típicas totalmente e durante toda a noite para apenas um ou dois grupos (as salas ficam independentes quando existem dois grupos). Os jantares podem iniciar a partir das 20:00 e terminar junto das 2:00 da madrugada, acompanhados por muita comida, bebida e animação.
Não existe ementa fixa. Os nossos Clientes podem solicitar aquilo que lhes apetecer... desde que, naturalmente, estejamos a falar de gastronomia tradicional portuguesa. Imagine por isso que lhe apetece Cabrito Assado em Forno a Lenha. Encontre um grupo de pessoas suficientes para comer pelo menos um cabrito e, telefone. Não servimos à dose... enquanto houver cabrito, existe jantar!"
Eu confirmo....
Este jantar começou com um convite do António Henriques para ir jantar a Carragosela, Seia.
Tinha convidado um grupo de amigos (cerca de 10) ...
Ao fim da tarde, saí de Viseu e cheguei a Carragosela, Seia, por volta das 21,00 horas.
É uma aldeia simpática a cerca de 6 km de Seia, cujo acesso é feito pela Estrada da Beira que faz a ligação de Seia a Coimbra.
O Café Central fica situado no centro da aldeia e é composto por duas salas.
Na sala onde nos instalámos, iniciamos a prova do vinho da casa e de alguns queijos.
Há realmente uma preocupação central de servirem produtos biológicos e de produção caseira, quer quanto às carnes, quer no que respeita aos legumes e frutas.
Foram servidas as entradas compostas por:
Telha de queijos (de várias espécies) e azeitonas
Telha de enchidos à moda de Carragozela (chouriça, morcela e farinheira).
Posteriormente, foi servido o primeiro prato da noite composto por entrecosto cozido com grelos e chouriça, que estava absolutamente fenomenal. Não é necessária batata. O entrecosto cozido, a chouriça e os grelos (da horta anexa dos proprietários) estavam fabulosos.
Foi depois servido o 2º prato da noite - uma cabidela de galinha do campo - (designação da beira alta) ou o chamado arroz de pica no chão (designação minhota) - que estava muito saborosa, sem excessos de vinagre nem de sangue.
Para sobremesa, foi servida macã bravo de esmolfe assada, que estava absolutamente deliciosa...
O vinho servido foi da região: tinto, Quinta da Espinhosa, Reserva de 2006, que, sem deslumbrar, acompanhou de forma serena toda a refeição.
Enfim, é realmente um espaço a visitar, sendo o ideal para marcações de jantares para grupos, pois tem uma sala exclusiva onde, no final da refeição, se poderá brincar um pouco, ou simplesmente ficar a conversar com os amigos.
Os anfitriões são simpáticos, o ambiente é familiar e temos uma boa cozinha tradicional da Beira Alta...