terça-feira, 13 de julho de 2010

Casa Ermelinda de Freitas Touriga Franca 2008 e "Tournedos"


Mais um Produtor de que nunca tinha falado aqui no Blogue... A Casa Ermelinda de Freitas (Península de Setúbal) situa-se em Fernando Pó e comercializa vinhos de todas as gamas, desde vinhos em bag-in-box até ao aristocrático Leo D' Honor. Tem uma ampla gama de varietais da qual o mais conhecido será o Syrah de 2005, que teve honras de "melhor vinho do mundo" no Concurso Vinalies Internationales...
Este vinho de Touriga Franca (uma das castas mais usadas no vinho do Porto) é retinto, escuro e aparece inicialmente especiado, passando para um registo mais vegetal e a parecer querer passar ao lado da fruta. Mas ela está lá. Tem corpo, bom volume de boca e apesar de ainda estar muito novo já proporciona uma boa prova.
Para já será preciso ter algum cuidado com os pratos e com as temperaturas de serviço (o produtor recomenda, e bem, 16º C, é que acima disso, os 14º de álcool começam a mostrar-se), mas daqui a uns meses (depois do verão, quando começarem a apetecer comidas de tacho) deverá estar mais cordato. Muito interessante este Touriga Franca feito em Fernando Pó com assinatura do Eng. Jaime Quendera. Nada se diz quanto ao PVP, mas deverá andar nivelado pelos outros varietais da casa, ou seja, entre os 7 e os 10 €.

Provei este vinho com um tournedos. Um tournedos não é mais do que um naco da ponta do lombo da vaca (ou da vitela, melhor ainda se for do lombinho, ou coelho como lhe chamam no Planalto Mirandês) cortado com um a dois dedos de altura que é envolvido em toucinho de porco e vai à chapa muito quente a caramelizar muito rápidamente dos dois lados, sendo posteriormente guarnecido. Um dos mais famosos tournedos é atribuido a Gioachino Rossini, compositor Italiano do século XIX e reputado gourmet e cozinheiro, que os guarnecia com foie gras e trufas.       


Este foi feito com un naco do jarrete que rodeei com fatias de bacon presas com palitos. Levei ao grelhador muito quente. Selei a carne, baixei o lume e virei. Temperei com um pouco de sal marinho e juntei um pouco de doce de amora. Voltei a virar e repeti o procedimento. O doce que meti na primeira camada ficou caramelizado enquanto que o da segunda ficou apenas bem quente. Servi de imediato com umas batatinhas salteadas em azeite e alho a que juntei no final o resto do doce que ficou no grelhador. Acompanhei ainda com uma salada verde temperada com azeite e flor de sal.


1 comentário:

  1. Se não tivesse comido, ontem, lombinhos de javali com doce de framboesa, não perceberia tão bem o uso do doce de amora.
    Andei a medir os bifes cá de casa e não me parece que tenham a altura suficiente... só vou ter a certeza de que ficam bem passados, embora saiba que o P gostasse de apanhar um assim como os teus, à vampiro.
    Beijinhos.

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