
Na última edição da Revista de Vinhos foi apresentada uma prova de vinhos tintos de topo do Douro, na sua maioria de 2007. Dos sessenta e nove vinhos provados, cinquenta e dois eram de 2007, dez de 2006, quatro de 2005 e três de 2004). Os preços de referência variam entre os € 8,30 e os € 79,00 e as classificações entre os 16 e os 18.5 (com sete vinhos notados com 16, treze com 16.5, vinte e dois com 17, vinte com 17.5, seis com 18 e apenas um com 18.5).
Vinhos por anos:
2007 – 52
2006 – 10
2005 – 4
2004 - 3
Vinhos por classificações:
18.5 – 1
18 – 6
17.5 – 20
17 – 22
16.5 – 13
16 - 7
Depois de ter lido as notas de prova resolvi fazer uma tabela onde listei os vinhos por grupos, consoante a classificação obtida e ordenei-os por preços.
Foi uma coisa, assim tipo DECO e que até podia ser pateta, mas que na verdade ajudou a perceber que num patamar de qualidade idêntico (decorrente do rigor e isenção das classificações dadas pelo painel de provadores da RV) aparecem propostas com preços a variar e muito (mas isto é só mesmo para dar uma ajudinha nas idas às compras).
Uma das coisas que salta imediatamente à vista é que os vinhos com pontuações mais altas (acima de 18) são todos de 2007 e mesmo no grupo dos vinte notados com 17.5, apenas aparecem dois de 2006, sendo os restantes de 2007.
Fazendo outro desdobramento, o vinho mais bem classificado (18.5) é proposto a € 30,00 e nos grupos seguintes temos valores entre:
18 – Entre os € 22,00 e os € 60,00;
17,5 – Entre os € 12,00 e os € 79,00;
17 – Entre os € 9,00 e os € 70,00;
16.5 – Entre os € 8,30 e os € 45,00;
16 – Entre os € 15.00 e os € 45,00.
Continuando a “brincar”, considerei como razoável o valor de € 30,00 para o vinho classificado com 18.5 valores e fui à procura de vinhos que fossem ficando mais baratos € 5.00 nos grupos seguintes, ou seja:
18.5 - € 30,00;
18 - até € 25,00;
17.5 - até € 20,00;
17 - até € 15,00;
16.5 - até € 10,00;
16 – Não se aplica porque único vinho abaixo dos € 10,00 teve 16.5.
Isto tudo para ver se meio ponto da RV pode valer € 5,00. Claro que isto é manipulação gratuita de números e não se pode tratar assim o vinho, como se fosse um electrodoméstico. Ainda por cima fiz isto sem pensar de que vinhos estaria eu a processar informação nem a que preço aparecem efectivamente no mercado…
Depois disto, fui ver o resultado:

Nada mau. Ainda fico com 14 rótulos dentro dos limites que estabeleci. Se os vou comprar todos? Não! Se penso em comprar outros que não cabem nesta lista? Claro…
Mas é uma bela lista, com:
18.5:
Poeira 2007, do Jorge Moreira.
18:
Quinta das Tecedeiras, Reserva 2007, da Dão Sul;
Quinta do Infantado Reserva 2007, do João Roseira;
Ázeo Reserva 2007, do João Brito e Cunha.
17.5:
Passagem Reserva 2007, da Sandra Bergqvist;
Dados Reserva 2007, da Messias;
Corpus 2007, da Gabriela Canossa;
Quanta Terra 2007, do Celso Pereira;
Tapadinha Grande Reserva 2007, de Domingos Alves de Sousa.
17:
Carm Reserva 2007, da Casa Agrícola Roboredo Madeira;
Curva 2006, da Sogevinus;
Quinta de Roriz Reserva 2004, de Charles Symington;
Quinta da Fronteira, da Companhia das Quintas.
16.5:
Palato do Côa Reserva 2007, de Sampaio e Melo Cabral.