Esta preparação, apesar de ser feita com massa e grão não tem nada a ver com o rancho à Moda de Viseu. Ainda assim é uma forma agradável de harmonizar as partes gordas do porco com a massa e o grão num prato que, embora pesado, nesta altura do ano sabe bem. E este foi feito para provar um Quinta do Carmo de 2002.
No talho pedi para cortarem entrecosto, rabo, orelha e chispe de porco em pedaços pequenos. Deixei em sal de um dia para o outro, demolhei e cozi a carne, juntamente com chouriço de carne e morcela da Beira Baixa. Num tacho, deitei um fundo de azeite, cebola picada grosseiramente e alho esmagado e deixei a cebola ficar transparente; juntei um pouco de pimenta, polpa de tomate e malagueta. Deixei ficar um pouco em lume brando e depois juntei as carnes e grão de bico cozido; voltei a deixar mais um pouco e juntei macarronete riscado. Deixei a massa ficar al dente e servi.
"Os antigos vinhedos deram a notoriedade aos vinhos Quinta do Carmo. Desde 1992, os Domaines Barons de Rotschild (Lafite) e mais tarde o sócio Senhor Comendador José Berardo, levaram à propriedade o seu renascimento, sendo acompanhado de novas plantações e de uma adega renovada.
Plantadas em terrenos argilo-xistosos, as castas Aragonês, Alicante Bouschet, Trincadeira e Castelão, complementadas agora com Cabernet Sauvignon e Syrah no vinho da Quinta do Carmo, com renome pela sua concentração e elegância.
Os métodos de cultura e vinificação respeitam a tradição, com integração das novas tecnologias que permitem exprimir o melhor da tipicidade do Alentejo.
O vinho passa por um estágio de um ano em barricas de carvalho francês antes de ser engarrafado na Quinta." (tirado do contra-rótulo).
Este Quinta do Carmo é um clássico do Alentejo. Este 2002 já foi provado algumas vezes e está em muito boa forma. Os seus 14º quase não se notam, a madeira está elegantemente presente; alguma fruta, taninos domados. Dá muito prazer a beber.