Depois de ter falado no "teste" aos vinhos brancos do Alentejo, feito pela DECO e publicado na última Proteste, era natural que eu fosse avaliar da bondade desse teste e da mais valia para o consumidor. Tendo a Revista aconselhado o Pêra Manca 2007, o Selecção de Enófilos e o Terras d´El Rei, acabei por comprar este último. O Pêra Manca está a € 25,00 (e não me apetece mesmo comprar), o Selecção dos Enófilos a € 1,89 (mas só nos supermercados Intermarché e, mesmo assim não em todos) e o Terras d'El Rei que encontrei num Pingo Doce a € 1,19.
Um vinho da Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz (CARMIM) feito com uvas de Antão Vaz, Síria, Rabo de Ovelha e Perrum provenientes de parcelas de vinhas dos sócios da Cooperativa previamente definidas e com vindima manual. Na Adega, os cachos são desengaçados e as uvas esmagadas. Depois são adicionadas enzimas extrativas e as massas são arrefecidas até aos 10º C, repousando durante oito horas. Depois são prensadas e o mosto clarificado por decantação. Após este processo, a temperatura é estabilizada nos 15º C, são adicionadas leveduras seleccionadas e inicia-se a fermentação que dura duas a três semanas. Finda a fermentação, faz-se a transfega e inicia-se o processo de estabilização e clarificação. (transcrição livre da ficha técnica)
O vinho aparece parco de aromas... alguma fruta fresca e confitada. Na boca é fresco, mas curto e algo adstringente. Os 13º de álcool não se notam muito, apesar do vinho parecer ter sido diluído ém água, o que contribui para se confundir com um refresco que não é. Simples, sem defeitos, mas desinteressante. Beneficia com prévia decantação e copos decentes, mas pouco. Ainda assim, o facto de custar apenas € 1,19 e ser bebível, já abona em seu favor. Excelente para sangrias, para marinadas e outras preparações culinárias ou para quem não goste de cerveja... Entre beber meia garrafa deste Terras d'El rei ou um copinho de Pêra Manca, preferia o Pêra Manca.