sábado, 21 de fevereiro de 2009

Uma Vertical de Quinta de Vale Meão no Cafeína Fooding House - I

Já tinha falado do Cafeína Fooding House há algum tempo aqui.
Neste belo espaço têm-se feito algumas provas fantásticas aos fins de tarde de sexta feira, mas esta prometia superar todas as expectativas...

Passo a explicar:

Dona Antónia Adelaide Ferreira (1811 - 1896) é uma das mais míticas figuras do Douro. Comprou em hasta pública em 1877, a actual Quinta do Vale Meão (mais de 67 Ha...) à Câmara de Vila Nova de Foz Coa. Actualmente propriedade do seu trineto, Francisco Olazabal, esta magnífica propriedade, juntamente com a Quinta da Leda, corporizaram um enorme sonho dos anos 40 do século passado, de Fernando Nicolau de Almeida, de produzir um enorme vinho Português, lançado em 1952 - o Barca Velha.
O mais mítico dos portugueses vinhos de mesa incorporou uvas destas duas quintas, até que em 1998, Francisco Olazabal decide romper com a vetusta tradição. Decide não mais fornecer uvas à Sogrape e em 1999 lança a "sua" marca: o Quinta do Vale do Meão.
Desde a primeira edição sempre teve os melhores elogios da crítica especializada, constituindo este um dos rótulos mais desejados por qualquer enófilo.

Assim, a perspectiva de fazer uma prova vertical de todas as colheitas desta "marca" (melhor seria dizer ícone), ainda por cima depois do Enólogo (também de seu nome Francisco - Xito, filho do proprietário) ter referido que nunca tinham feito uma prova assim, fora da quinta, não podia ser menos que irresistível... E que mais dizer, em magnun (para quem não sabe, são garrafas de 1,5 l - duas numa, o que permite que o vinho tenha uma evolução mais lenta na garrafa) e single; o sonho de qualquer enófilo...

Dada a quantidade de vinhos a provar (colheitas de 1999 a 2006 - oito, em sigles e Magnun's...), o Frexou optou por propor que, ao invês de uma "normal" prova acompanhada com as naturais tapas, se degustassem estes vinhos num jantar. A lista de interessados foi-se compondo (com apenas vinte e seis vagas devido a restrições de espaço) e pediu ao chef do Cafeína que "desenhasse um menú de degustação para harmonizar com estes preciosos néctares.

O menú esteve à altura da Excelência dos Vinhos...

Não vou já referir quão fantástica e incontornável foi esta prova (novos post's a seguir)









3 comentários:

  1. Nem a propósito! Após uma semana de mudanças, achei que merecia alguma recompensa e abri hoje para o jantar um Vale Meão 2001 :)

    Abraço,

    Nuno Monteiro

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  2. Nuno

    depois postarei as notas de prova aqui (já postei no cov). O 2001 estva soberbo (bem, eu deverei ser proscrito, por ter preferido o 2002). No jantar de passagem de ano, bebeu-se um 2003 (muito interessante).
    Confesso que degustar aqueles vinhos é, acima de tudo um enorme privilégio...

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  3. Pois...
    Estive presente com o Cupido na vertical de Vale Meão.
    Tal como escrevi nalguns fóruns, é uma prova única na vida de um enófilo.
    Os vinhos apresentaram todos grande frescura e um potencial de envelhecimento muito bom.
    O 2001 está muito bom;
    O 2005 tem uma exuberância aromática fabulosa;
    Ainda provamos uma amostra do que poderá ser o lote de 2007 (ainda de 'fraldas'...);

    Houve opiniões que se dividiram um pouco entre os anos pares e os anos ímpares...
    Para mim estão todos bastantes bons, cada um reflectindo as especificidades do próprio ano da colheita.

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