terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quinta do Soalheiro Reserva 2007 e Polvo no Forno

Depois de ter provado os Soalheiros "normais" e os "primeiras vinhas" de 2007 e 2008, chegou a hora de provar o "topo" da Quinta do Soalheiro, o Reserva 2007. Para este Alvarinho, sem dúvida um dos brancos de referência em Portugal, escolhi um prato simples, mas que, penso, pode ligar bem com este vinho.
Efectivamente, a simplicidade de preparação de um polvo que se coze (em pouca água e com uma cebola) e de umas batatas que se assam, acabando-se o prato no forno, com abundante azeite e alho picado, podendo levar broa, grelos ou, neste caso feijão verde tornam esta preparação de polvo excelente para acompanhar o Soalheiro.



O Soalheiro Reserva, é, como se disse acima, o topo da Quinta do Soalheiro:

"As uvas produzidas de forma biológica são colhidas manualmente em caixas de pequena capacidade e transportadas para a adega num curto espaço de tempo. Após a prensagem da uva inteira, o mosto obtido decantou durante 48 horas a temperatura baixa. A fermentação e estágio decorreu em Casco de Carvalho Francês (barricas novas e usadas), tendo permanecido nas borras finas com batonnage periódica até final de Agosto 2008." (tio pepe)

"O Reserva mostra um aroma extremamente rico, intenso e personalizado, bastante mineral e citrino, com muito ligeiro toque de fruto tropical. A madeira está discreta e sabiamente utilizada, servindo para dar complexidade à fruta e aumentar a untuosidade e textura. O resultado é inebriante: um branco vigoroso, com fruta deliciosa, finíssima acidez citrina e sabores minerais e de especiarias no muito longo final. Se puder, não perca a oportunidade de adquirir uma ou duas garrafas magnum: a evolução positiva é garantida." (apreciação RV)

Creio que apenas tinha provado este vinho uma ou duas vezes; desta vez, com tempo e comida, o vinho apareceu todo ele quase excessivo. Bebe-lo era quase como rodar um caleidoscópio, ora aparecia a fruta, ora a madeira, às vezes algum álcool. De qualquer forma a sensação quase omnipresente era a do "peso", como se o vinho estivesse uns graus acima da temperatura correcta. Problema meu? Seguramente. Da garrafa? Talvez. Do tempo que leva em garrafa? Se calhar, pode estar a passar uma fase "parva". A esperar...