Um Dão despretensioso, à antiga. Feito com Touriga Nacional e Rufete, com 12º e a juta a vestir a garrafa. Ao decantar surgiram alguns aromas pouco agradáveis, a denunciar uma morte prematura.
No entanto, nem a evolução da cor para quase tijolo, nem rolha quase a desfazer-se, nem a falta de corpo do vinho me demoveram da prova... Foi longa a espera, ao fim de duas horas no decanter estava sem aromas, só se notava o "pouco" álcool... Ficou a dormir vinte horas e depois dos iniciais aromas desegradáveis, o vinho estava outro... Evoluído, quase não se notavam os aromas do tourigo, mas suave, com aromas a porto, mais pleno na boca, a conseguir harmonizar com queijos (cabra da Beira Alta, ovelha das Beiras e Estrela e, curiosamente bem com um blend de vaca, cabra e ovelha da Serra do Rabaçal).
Não foi uma prova épica, mas para um vinho corrente e honesto feito numa vindima há 18 anos atrás, até se portou bem... Coisas do Dão.
terça-feira, 12 de maio de 2009
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