sábado, 30 de janeiro de 2010

Arroz de Porco no Forno | Pedra Cancela Reserva 2006

Depois da experiência do cozido de pernil postado abaixo e de um Herdade do Esporão Touriga Nacional uns furos abaixo do esperado, resolvi fazer uma harmonização com um vinho que seguramente estaria em muito boa forma e que, não sendo um Touriga Nacional extreme, é por ela pontuado... Ah, e com a elegância que caracteriza os vinhos do Dão. O Pedra Cancela Reserva 2006.
Assim, tinha reservado o resto do pernil cozido e o respectivo caldo onde cozeu e resolvi fazer um arroz de forno.
Retirei a pele e os ossos e parti a carne em pedaços pequenos. Levei ao lume com o caldo da cozedura. Juntei arroz carolino e quando este estava meio cozido, desliguei o lume. Optei por não fazer o tradicional refogado e a quantidade de caldo era bem superior ao tradicional triplo do volume em relação ao volume de arroz. Peguei no pote de barro e deitei o arroz e a carne. Juntei caldo até aproximadamente um centímetro do limite superior do arroz e levei ao forno a 200º C. Ficou uns dez minutos a alourar, findos os quais retirei o arroz do forno e servi imediatamente.


O arroz fica crocante por cima e muito macio e suculento logo sob a base. Com a inércia térmica do recipiente de barro, durante o tempo de forno, o arroz retoma a temperatura e pouco mais coze. Claro que se ficar mais tempo, empapa todo.


Como disse acima, escolhi o Pedra Cancela Reserva 2006. Feito em Oliveira de Barreiros, perto de Viseu. Vinhas de João Coelho Gouveia, superiormente tratadas pela mão do João Paulo Gouveia, seu filho e Grão Mestre da Confraria dos Vinhos do Dão. É feito com Touriga Nacional, Aragonêz e Alfrocheiro. É um vinho que pela quantidade produzida, é quase todo absorvido pelo mercado Regional (deste reserva foram feitas 9.600 garrafas numeradas; a que abri tinha o nº 5.248). Já provei este vinho algumas vezes e o que refiro aqui é válido. Um belo vinho...

3 comentários:

  1. Fizeste-me rir com este arroz de pernil, se quiseres depois explico que não é história para escrever nos comentários...
    Crocante por cima e suculento logo após a superfície, diz tudo - perfeito ou quase perfeito...
    Beijinhos.

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  2. Deve ser bom o arroz, mas a pinga não se fica nada a trás, muito boa a escolha...........
    beijos

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  3. Ah! Os imbatíveis e sempre únicos arrozes de "sustância" com os seus aromas e ôlhas!
    Costumo fazê-los no barro, com a bitola 1/1,5 para ficarem soltos e oleados nas gorduras cárnicas. No forno teria de ser ainda um pouco mais avaro no líquido e pródigo no tempo.

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