Bem, isto é um blog de comida, mas tem mal contar uma pikêna history?
Um dia Deus nasceu e criou o mundo e tal (acho que há um livro sobre isso…)
Atão, por volta dos idos de Março de 1770, do seu alto posto, sintoniza o googlemaps e aquilo, por defeito dá: Bona.
E pensa “estará nos favoritos?”, verificou e não, não estava… Adicionou e nove meses mais tarde, nasce Ludwig Van Beethoven (a 17 de Dezembro – que alegria para o mundo). E se Deus, Omnisciente adiciona Beethoven aos favoritos, deve saber o que faz…
E Beethoven cresceu, compôs e muito e bom, e tal e tal, even, até ensurdeceu (esta foi a partida que o Altíssimo lhe pregou… Deve lhe ter dito: “ai é, tens a mania que és bom? Já vais ver o que é bom para a tosse”. E deixa-o mouco das orelhas – pois, e o Ludwig, não se deixa ficar e, em Heilingenstadt escreve-lhe uma carta a dizer que ia montar a nona, e montou…). E até se deu ao luxo de, na sua posteriormente catalogada obra 125 (há uma obra que entrou indevidamente, como à frente explicarei… esta devia ser a 124), ouvir o “silêncio” de Deus, quando magistralmente dirige a Nona (parece que quis meter vozes numa sinfonia, é maluco…), diz que em Viena, numa noite de Maio de 1824 (sim, isto é um blogue de comida, mas ainda não havia a sachertorte – parece que só apareceu em 1832, por isso, no fim do concert, foram todos morfar um gullyaz – a bem dizer, vaca com paprika)… Bem, e uns anos depois, o Beethoven apaga-se (deve ter sido um funeral em peras, apadrinhado pelo santo Schiller, que já lhe tinha soprado as palavras para a 125 – já digo porque devia ser 124…) e toda a gente vai à vida…
A chatice toda recomeça a 20 de Março de 1915 na Ucrânia. Deus manda-nos “O” Pianista… Svjatoslav Richter. E doze anos depois, a 27 do mesmo mês da Graça de 1927 (nós cá, em dita-a-dura, parece que é recorrente neste jardim, onde, pelo aquecimento global, as bananas se dão tão bem), via “Russian Post Card”, afinfa-nos com o Mstislav Rostropovich (pois, apesar do nome, era filho de Deus, e consta que na sua enorme colecção de violoncelos, tem um feito por Mestre Domingos Capela, de Espinho, ao lado dos mais excelsos do Mestre de Itália – parece que aquilo lá por Cremona, era só verniz…).
E então re-recomeça a Comédia de Deus (não, em definitivo, isto não é o filme de João Cesar Monteiro, apenas uma história…). O Richter e o Raitaparta tão a tomar café (prái em New York) e começam a falar do Beethoven…
-Epá, ganda Maluco.
-Iáa, curto bués
-bora tocar a 69 dele?
-népia, isso é pa cordantes eletricos
-tás maluco, man, é pa piano e cello
-isso é a 68, tás-t’a passar?
-epá, contaram mal, meu, 124 é um MB e 68 é o ano em que o gajo nasceu (porra, os tipos a falar de mim, sem eu os conhecer – mas já desvendo o enigma, a canção ao lado, era o fon-fon-fon, da Deolinda, mas diz que é do Ludwig… - mas se estou a escrever sobre eles, eles também podem falar de mim que eu não me chateio)
Bem, a brincar, a brincar, Svjatoslav Richter e Mstislav Rostropovich tocaram e gravaram a 3ª sonata para Violoncelo e Piano em lá maior, composta em 1808.
Em que ano, onde , com que instrumentos, não sei, (estive a ouvir num cd transcrito/maldito…) mas se referi Deus acima é porque estava a ouvir e a pensar, Jesus Christ, Comunhão e uns palavrões à mistura (debe ser da prenúncia do (des)Norte…
Bem, no essêncial, juntar dois dos melhores intérpretes de sempre a tocar uma obra que, acredito, Beethoven escreveu para eles (pois, reencarnação e tal, já foram bruxas na meddie age e queimaram-nos…) é tudo menos mau…
Yours
MeMyselfAndI (fica o 1º andamento...)
terça-feira, 3 de março de 2009
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Muito bem explicado!
ResponderEliminarUm belo petisco!
Mouco das orelhas é lindo :)
ResponderEliminarTu sabes que eu podia pegar no "nove meses mais tarde", "montar a nona, e montou", "entrou indevidamente", "dita-a-dura", "bananas", "afinfa-nos", "69", "a brincar a brincar", "maior", "instrumentos", "palavrões à mistura", "juntar dois dos melhores" e dar uma volta completa a este texto? E fico por aqui senão sou excomungada de vez :)
ameixinha, força, que aqui ninguém excomunga ninguém :)
ResponderEliminarGostei bastante da pikêna history:))Nós também precisamos de alimentar os ouvidos e a alma não achas?(sorrisos))
ResponderEliminarIsabel, estava a ouvir esta excelsa música (porque é efectivamente uma experiência do outro mundo...) e sonhei com este texto...
ResponderEliminarE sonhas-te muito bêm!!!
ResponderEliminarlol...
ResponderEliminarIgnorantes é que não ficamos, com um profssor destes. Mas a maneira como contas a historia não é para todos... e não digo mais nada. :)
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