Em primeiro lugar, um banal acompanhamento, batatas fritas, mas cortadas em palitos com 2mm de espessura, passadas por várias águas, escorridas, secas e fritas (qb) em abundante óleo, colocadas em papel absorvente para absorver (um pleonasmo, tá bém) o óleo da fritura e temperadas com sal marinho (não se justifica usar flor de sal...).
O bife, uma peça de Novilho Irlandês, do acém comprido (pois e tal, não é português... ai e tal, já comi solas portuguesas mais caras, ok?) temperada com pimenta (claro que o sal só se deita depois de selar a carne, para não extrair os sucos da carne), vai à chapa a selar (prefiro grelhar a peça inteira e só depois no empratamento é que divido).
O molho... Apetecia-me fazer um molho de café... optei por não procurar nenhum, mas lembrei-me de uma bebida que é feita com três ingredientes que assentam como uma luva em molhos de bife - o Irish Coffee - com café, natas e whisky.
Fiz assim: numa frigideira deitei um pouco de manteiga e um dente de alho esmagado; deixei alourar o alho e retirei. Juntei natas e café, mexendo sempre; quando o molho começou a reduzir deitei um pouco de whisky e deixei evaporar o álcool. Servi de imediato.
Uma variante, para quem gosta da carne bem passada seria deitar os bifes para o molho e deixar apurar em lume muito brando.
Para acompanhar, uma inusitada harmonização: um branco do Douro, o Quinta de Porrais 2007. E porquê? Porque a sua acidez natural se harmoniza muito bem com a untuosidade do molho e tem corpo e estrutura para esta carne simplesmente grelhada...
É um bife tão perfeito que nem lhe quero ver o B.I.! O molho é um verdadeiro achado... mas não consigo que o meu pedacinho de pão penetre no monitor... lol!
ResponderEliminarBeijinhos.
Ana, o bife ficou bem fixe, mas as estrelas da companhia, ainda foram as batatitas. Quanto ao molho, não descobri a pólvora, pois não?
ResponderEliminarbeijinhos, by me...
Cupido senão é by me não lhe deve faltar assim tanto?E que precissão nas batatas:)Mas ficaram bonitas e sequinhas como convém.Bem aprendi uma coisa nesta postagem o sal no bife só colocar depois de selar a carne!!!Obrigada para a próxima já experimento(eu tinha a mania de colocar um pouco antes de ir ao lume.Eu ando em experiências com o molho do bife. Sabes no antigo cinema Império cá em Lisboa agora é restaurate (já há um tempo)servem um bife à Império que digo-te foi o melhor bife que comi na minha vida e eu tenho andado em experiências a vêr se descubo o segredo.Mas está dificil:(
ResponderEliminarEm matéria de sabor, não há carne como a do acém, quer redondo, quer comprido, tantas vezes preterido pelas peças mais "abaixo" no bicho, rosbife, alcatra, lombo, sem dúvida tenras (às vezes!)mas muito mais pobres no palato.
ResponderEliminarMolho "Irish Coffee" By You! Que bela idéia!
Só um reparo em relação às batatas fritas: a execução perfeita termina com um toque algo vulgar de sal exterior, demasiado fácil para umas boas batatas. Um ou dois minutos em água salgada na última lavagem antes de secar, fazem maravilhas ao sabor "interior" da batata.(cuidado porque a batata é tão ávida de sal que qualquer descuido no tempo pode dar desastre)
Mas que petisco sim senhor.
ResponderEliminarA ver se comemos um pratos juntos com um bom vinho.
Abraços
http://do-nariz-a-boca.blogspot.com/
Isabel,
ResponderEliminarOs bifes com molho não fazem parte da minha cultura gastronómica; continuo a achar que uma boa peça de carne só precisa de grelha e flor de sal. Foi com os bifes da trindade que o Luís em tempos postou, que comecei a interessar-me pelos molhos para bife.
Esses à Império, não duvido que sejam bons, mas não imaginas como será o molho?
Luís,
efectivamente a carne apresentou-se macia e muito sápida.
Quanto à ligeireza no tratamento das batatas, mea culpa assumida, mas gosto daquele toque final com sal fino. Como os gostos se discutem (ao contrário do que 99,999999% das pessoas acham) e educam, e porque já lhes dei esse "banho" muitas vezes irei refletir sobre a preparação das ditas fritas em futuro post.
Manos Carvalho
É uma questão de combinar, se nos encontrarmos no domingo na Essência, logo falamos.