domingo, 2 de setembro de 2012

De Monção a Bucelas, 7 Vinhos

Este é um conjunto de sete vinhos provados recentemente e que deveriam ter direito, cada um deles, a um post mais detalhado e que metesse comida e tal, mas vai assim:

 Muralhas de Monção 2011 - Um ícone da região. Está fino e afinado, tão bom ou melhor do que em anteriores edições. Simples mas muito bem feito, dá muitas dores de cabeça à concorrência, a este nível de preços (três euros e pico no supermercado e quase de certeza mais de oito em restaurantes). Para beber sem pensar muito, mas merece atenção :)



Alvarinho Deu La Deu 2011, outro da adega de Monção que surpreende sempre pela consistência de qualidade e preço. Nesta edição pareceu um alvarinho de referencia. O Soalheiro é melhor, mas também é mais caro. Custa pouco menos que seis euros (no supermercado, já que no restaurante deve custar uns quinze...) mas dá muito prazer a beber e acompanha quase tudo o que se espera dum alvarinho. 


Um Alvarinho de fora da "terra" e da colheita de 2011. A Quinta da Aveleda mudou os rótulos dos vinhos e cresceu na qualidade. Não é um Alvarinho típico, como os de Monção e Melgaço, mas é fresco e muito bem feito. Custa cinco euros nos hipermercados. Altamente recomendável.  


Um Encruzado do Dão e de 2010, já que o 2011 estará (ainda) muito novo para se beber. Os vinhos da Quinta das Marias são em geral vinhos que aliam a terra do Dão a algum sentido cosmopolita e o António Narciso consegue magistralmente articular essas duas características nos vinhos. É um Encruzado muito bem feito, que alia mineralidade a uma boa prova de boca. Fácil de beber, é, mas há ali Dão. Um Encruzado muito sério. Custa cerca de dez euros e acompanha quase tudo o que seja pratos de marisco e peixe (bacalhau e polvo incluídos). 


Descendo na planta do país, para as Beiras, um vinho do Eng. Luís Pato feito na Bairrada que não provava há uns anos. Vinhas velhas de Bical de solos argilo-calcários e Cerceal e Sercialinho de solos de areia, sem passagem por madeira, compuseram um vinho fresco e mineral, apaixonante. Custa cerca de sete euros e acompanha quase tudo, de sushi a leitão :)


Da Bairrada, tempo para falar do Frei João Reserva 2009. Quando saiu, foi logo considerado um vinhão, ao preço (custa cerca de cinco euros) e depois foi desconsiderado, porque parece que está a evoluir mal. Não está. Precisa de tempo, apenas. Refrigere-se a garrafa, abra-se e deite-se o vinho num decanter e no frigorífico uma hora antes de servir. Para uma bacaulhazada no forno está sublime. 


Indo até Bucelas, um Arinto de estalo. Prova Régia Premium 2011. Arinto e Bucelas é pleonasmo para grandes vinhos, mas na verdade, quase tudo o que vem de lá é vinho simples, barato e bem feito para beber no ano. Este surpreende pela qualidade ao preço. Custa pouco mais de quatro euros e tem frescura e mineralidade, mas também tem complexidade e ar do mar atlântico. 2011 deu grandes brancos e este é um dos que vou guardar uns anos :) 


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