O Vinha de Lordelo nasce da vontade de Domingos Alves de Sousa de mostrar a especificidade de algumas vinhas da Quinta da Gaivosa. Em 2003 consegue pela primeira vez fazer a vindima e vinificação da vinha de Lordelo, uma vinha centenária, a mais velha da Quinta, com 2,5 ha e um rendimento de 10 hl/ha (o que significa que são precisos 7,5 m2 de vinha para produzir uma garrafa de vinho...). Como se refere na webpage de Alves de Sousa:
"É sem dúvida um daqueles casos em que a frieza dos números há muito que haveria aconselhado o arrancar e o plantar de uma nova vinha. Mas se assim tivesse sido nunca teríamos tido a oportunidade de fazer e apreciar este vinho."
Depois da edição de 2003, sairam já as colheitas de 2005 e 2007. Sempre em quantidades muito baixas, cerca de 3.000 garrafas em cada colheita.
A proporção das castas que entram neste vinho é a seguinte: 10% de Sousão, 10% de Tinta Amarela, 20% de Touriga Nacional, 30% de Tinta Roriz e 30% de outras castas. É vinificado com desengace total, fermentação com película durante 5 a 6 dias e maceração após fermentação, mínimo de 8 dias. Estagia 12 meses em carvalho Francês Allier e Nevers e mais 12 meses em garrafa antes de ser lançado para o mercado.
É um vinho de vinha mas também de ourivesaria que teve direito a todos os mimos por parte do Produtor. O painel de provadores da Revista de Vinhos apresenta a seguinte nota:
"Aroma de grande profundidade, com notas vegetais e terrosas, frutos silvestres, esteva, especiarias, num conjunto muito apelativo apesar da tenra idade. Fresco e voluntarioso na boca, distinto, com bela textura de taninos, firme, personalizado, com final muito longo e expressivo. Um Douro com muito futuro pela frente."
Um grande vinho, sem dúvida. Nota pessoal: 18,5.
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