Chamei variação a esta preparação porque na verdade o Goulash apesar de não ser em strictu sensu uma receita canonizada, tem alguns preceitos de preparação ignorados aqui. Para quem não sabe o que é um goulash, fica aqui o link para a wikipédia, que apenas peca por ser muito pouco rigoroso (o meu link anterior parece ser melhor, IMHO).
Na verdade, foi a combinação limão e cominhos que inspirou este estufado, feito com carne de toiro bravo que já tinha ensaiado antes numa jardineira.
Deitei um fundo de azeite no tacho, dois dentes de alho esmagados, uma folha de louro e uma cebola picada. Quando o azeite estava bem quente, juntei os nacos de toiro e selei-os. Juntei uma cenoura em rodelas, polpa de tomate e um pouco de vinho branco e deixei a estufar em lume muito brando. Passado cerca de 40 minutos juntei umas bagas de pimenta branca passadas pelo almofariz, casca de limão e cominhos moídos. Deixei a harmonizar sabores enquanto preparei o acompanhamento...
Um arroz branco. Feito com duas partes de água para uma de arroz (agulha, do Suriname, não me convence) e um pouco de sal com um fio de azeite. Coado depois de cozido. Servi à parte.
Para acompanhar, escolhi um Quinta do Crasto. Quando se fala em Quinta do Crasto vem logo à cabeça o Vinha da Ponte, ou o Vinha Maria Teresa... Ou não, também se pode pensar no Touriga Nacional ou nos colheitas. Escolhi outro, o Vinhas Velhas 2006. Há pouco tempo provei o VV 2007 e achei-o excelente, mas a precisar de tempo em garrafa. Este 2006, ao contrário, está a pedir para ser provado. Se ganha em garrafa? Talvez, mas com esta "concentração com madeira à vista" e "Não parece precisar de guarda" como disse João Paulo Martins no seu Guia de Vinhos 2009, a vontade de o provar era grande. Mais um clássico do Douro. Com um PVP de cerca de 23€, é mais uma boa escolha. Nota pessoal: 17,5.
Moral da história: vou fazer goulash e vai ser já esta semana...
ResponderEliminarE_beijinhos (lol).