quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Arroz de Cabidela de Galinha | Mouchão 2001

O arroz de cabidela é um prato delicioso e reconfortante. Quando se matar a galinha aproveitar o sangue que se reserva juntamente com vinho tinto (adicionar vinho numa quantidade identica à de sangue), para que o sangue não coagule. Num tacho deita-se azeite, cebola e alho e a galinha cortada em pedaços. Deixa-se alourar a galinha, tempera-se com louro, sal e pimenta, junta-se vinho branco e deixa-se estufar. Quando a galinha estiver macia, junta-se arroz carolino e água (mais ou menos o triplo do volume do arroz) e deixa-se cozer o arroz. Deita-se o sangue reservado, mexe-se e serve-se de seguida. Querendo, pode-se juntar um pouco de bom vinagre de vinho.



Acompanhei a cabidela com este clássico do Alentejo. O Mouchão 2001... Em inícios do século XIX, Thomas Reynolds emigra para o Alentejo para se dedicar ao negócio da cortiça. Mais tarde, o seu neto John Reynolds adquire uma propriedade de 900 hectares, a Herdade do Mouchão. Planta vinhas, as primeiras de Alicante Bouschet em Portugal e em 1901 é inaugurada a adega da herdade. Na década de cinquenta a área de vinha é aumentada e começam-se a engarrafar os vinhos. O Mouchão, feito com Alicante Bouschet e um pouco de Trincadeira é o ícone da casa e representa cerca de 30% da produção. É lançado para o mercado depois de um estágio de dois anos em madeira e mais dois anos em garrafa. Este 2001 foi ligeiramente refrescado e decantado. É um vinho complexo, especiado e este, com os mais de seis anos que leva de garrafa apresenta os taninos já domados. Um grande vinho com assinatura de Paulo Laureano. PVP: cerca de € 30. Nota pessoal: 17,5.



3 comentários:

  1. «Quando se matar a galinha...».
    O melhor arroz de cabidela que comi foi no Gerês, mas o da minha mãe também era muito bom.
    Nunca fiz, explica-se com o 1º parágrafo deste comentário, lol...
    Beijinhos.

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  2. Cupido, qual a relação quantitativa sangue/vinagre?
    Grande Mouchão!!

    Abraço

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  3. Ana, percebe-se :)

    Miguel, ainda bem que referiste essa questão. Não sei como, escrevi vinagre quando devia ter escrito vinho tinto. Numa proporção de 50/50. Vinagre é opcional e no fim (bom vinagre e muito pouco para não dar cabo do palato).

    Um abraço.

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