Álvaro de Castro é Engenheiro Civil... Mas nasceu no Dão e ao Dão de Pinhanços voltou depois de ter vivido e trabalhado em Lisboa. Quinta da Pellada e Quinta de Saes estão na origem dos seus vinhos, lançados pela primeira vez no mercado em 1989. Maria Castro, sua filha e Enóloga da Casa dá o apoio ao enfant terrible do Dão aka Mr. Touriga Nacional no lançamento de rótulos tão desejados como raros: Carrocel, Primus da Pellada ou Pape, sem esquecer o DADO/DODA feito com Dirk Niepoort... Na gama de entrada dos vinhos de Álvaro de Castro temos o Saes... Acima, temos o Dão Álvaro de Castro (colheita e reserva). Dão e Álvaro de Castro, quase dois sinónimos, ou não fosse a inquietude do Engenheiro a devolver à Região Demarcada do Dão um prestígio que tinha perdido há décadas...
De repente, lembrei-me de que não provava vinhos do Álvaro de Castro há algum tempo... E qual seria o Dão da sua vindima de 2006? Comprei o colheita, o que tem o seu nome (a € 7,29) e é feito com 85% de Alfrocheiro e o restante de Touriga Nacional e Tinta Roriz. Para acompanhar, uma peça de perna de porco assada no forno com as suas batatas, como tenho apresentado aqui no blogue e que para mim ainda é um dos melhores pratos para harmonizar vinhos.
E que dizer deste Dão? Muito elegante e menos austero do que esperaria. Violáceo na cor, com boa fruta e concentração. No seu guia de vinhos de 2009, João Paulo Martins falava dos taninos e da dureza do vinho, bem como da necessidade de ter algum cuidado com o prato, mas agora o vinho está muito mais cordato e a proporcionar uma bela prova. Ao preço, vale bem a pena... Nota pessoal: 16,5
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