A posta mirandesa não será porventura o maior ícone da cozinha tradicional transmontana. A sua origem é relativamente recente na forma como a conhecemos (meados do século passado?) e a sua criação é atribuida a uma senhora de Sendim, a Ti Gabrila, que a servia nas feiras em nacos sobre pão. Na CTP de Maria de Lourdes Modesto aparecem apenas duas referências a vitela no espeto e que serão diferentes da posta. Assim, das feiras ao restaurante A Gabriela, em Sendim, a posta ter-se-à difundido e hoje há sítios, como o Lareira, em Mogadouro, o Abel, em Gimonde ou o Artur em Carviçais que são pontos de paragem quase obrigatória para degustar uma posta.
A sua área geográfica de produção com direito a denominação de origem (DO) é limitada às freguesias dos concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Vinhais, pelo que facilmente se percebe que é daquelas comidas a degustar in situ, não tanto pela complexidade da sua execução, mas pela qualidade única da carne, resultado da raça e das condições excepcionais de solos, coberto vegetal e clima do planalto mirandês (informação mais detalhada aqui).
A sua área geográfica de produção com direito a denominação de origem (DO) é limitada às freguesias dos concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Vinhais, pelo que facilmente se percebe que é daquelas comidas a degustar in situ, não tanto pela complexidade da sua execução, mas pela qualidade única da carne, resultado da raça e das condições excepcionais de solos, coberto vegetal e clima do planalto mirandês (informação mais detalhada aqui).
Efectivamente a carne mirandesa não precisa de nada para brilhar. Brasas e sal. Não havendo brasas, o mal menor será um grelhador untado com um pouco de azeite, onde se sela a peça alta (dois dedos e cerca de 300 g) em lume esperto que depois se baixa para a peça "cozer" sem queimar. O acompanhamento será sempre algo a gosto... Batatas fritas ou assadas a murro e a componente verde, uns grelos salteados ou um esparregado de nabiças e pouco mais...
Esta posta foi o mote para revisitar o Corpus 2007, que tinha provado há pouco menos de um ano (aqui). Passado este tempo, o vinho está quase na mesma, mantém toda a fruta, estará ainda a crescer em garrafa e a pedir para ser bebido outra vez daqui a um ano. Belo vinho!
É bom ver o cuidado com que documentas os teus posts.
ResponderEliminarPara além da boca e dos olhos comerem, não faz mal nenhum (muito pelo contrário) alimentar também o espírito... e despertar curiosidades nunca antes pensadas.
Beijinhos.
Bom, claro que não é bem assim: conseguir esse rosado uniforme em toda a altura tem que se lhe diga e não é, decididamente, para todos.
ResponderEliminarJá comi "in loco" bem mais sangrentas no centro e tostadas nas bordas.