quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Frango no Púcaro | Casa do Cadaval Pinot Noir 2007

Este frango é uma agradável variação sobre o frango na púcara da nossa tradição. Foi cortado em pedaços e deixado a marinar de um dia para o outro em azeite com um pouco de massa de pimentão, pimentão doce em pó, alho e um pouco de quase vinagre de vinho tinto (quase vinagre porque era vinho que resulta de sobras e que vou guardando em garrafas, sem a rolha - apenas protegidas por papel de cozinha - e que ainda não tinha completado o processo de transformação do álcool em ácido acético). Depois liguei o forno a 170º C e deitei o frango e o líquido da marinada num púcaro de barro preto. Juntei vinho branco a cobrir a carne e meti o púcaro no forno. Fui deixando que parte do molho evaporasse e fui virando a carne para que dourasse uniformemente e a carne ficasse macia. Acompanhei com batata e couve cozidas.    


O vinho escolhido para mariadar com este prato foi um Casa de Cadaval Pinot Noir de 2007. Este vinho, nas suas primeiras edições era feito por João Portugal Ramos e a colheita de 1994 foi notada por José António Salvador que a incluiu no seu guia dos melhores 100 vinhos do ano (em 1997). Treze anos volvidos, JPR já não é o responsável pelo vinho e não seria fácil ver este vinho citado num top 100 de vinhos portugueses. Aliás, nem sequer há muitos vinhos de Pinot Noir em Portugal, como se pode ver aqui. Este Pinot ribatejano era um vinho que já andava para provar há algum tempo. Não sendo um campeão na RQP (16 valores - JPM e RV. PVP a rondar os € 12,00), ainda assim tinha alguma curiosidade. Cor ruby muito aberta, cheio de aromas de frutos vermelhos (cerejas), pouco encorpado e com 14º de álcool. Pouco marcado pela madeira e muito guloso, pede para ser refrigerado e bebido entre os 14 e os 16º C. É muito fino e elegante e acompanhou bem o frango, mas será melhor com um bacalhau com grão e é melhor com as castanhas assadas que está a acompanhar agora, ou não fosse dia de São Martinho... 
      

1 comentário:

  1. Para mim, este frango merecia um acompanhamento mais ao meu gosto: batatinhas assadas ou fritas...
    Quanto ao dito cujo vê-se logo que é 1 frango do campo que foi muito bem tratado em vida e depois de morto também.
    Beijinhos.

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