Nesta trilogia número 140, foi a Ana quem deu o mote a mim e ao Luís: alface. E mesmo comendo alface o ano todo, faço-a sempre de uma forma repetida e despreocupada, sem tirar grande partido dela. Umas folhas numa sandes de atum ou carnes frias com maionese, em saladas a solo ou mistas e pouco mais. Uma monotonia.
Independentemente das múltiplas utilizações, a acompanhar um empadão uma salada de alface é, para mim quase obrigatória. E foi assim, desta forma simples (parafraseando o chef do Porto Canal) que a preparei:
Lavei umas folhas de alface, cortei-as em juliana grosseira, temperei com flor de sal, umas gotas de sumo de limão e, em vez do quase mandatório azeite, aqui utilizei maionese. Envolvi tudo e servi a acompanhar um empadão de bacalhau.
Para o empadão, comecei por cozer batatas e uma posta de bacalhau (mais ou menos a mesma quantidade de cada - cerca de 200 g de cada para duas pessoas). Limpei o bacalhau de peles e espinhas e desfiz em lascas e reservei as batatas. Piquei uma cebola pequena e dois dentes de alho e levei a refogar num tacho com um fundo de azeite. Temperei com um pouco de pimenta preta, juntei o bacalhau e fui mexendo, sempre em lume esperto, até obter uma mistura homogénea. Juntei então as batatas e fui-as desfazendo com a colher de pau (aqui será sempre a gosto, entre deixar pedaços da batata ou reduzir tudo a puré, eu preferi deixar a batata sem se desfazer completamente), juntei leite (meio decilitro) e já fora do lume envolvi muito bem até ter uma mistura homogénea. Pré aqueci o forno a 170º C, deitei a mistura num tabuleiro, cobri com queijo ralado (aqui também a gosto, algo entre a untuosidade dum mozarella ou dum flamengo e os sabores mais marcados dum queijo das ilhas ou dum parmesão) e levei ao forno até o queijo derreter. Servi com a alface e com umas azeitonas pretas a compor o ramalhete.
Até pareces um alfacinha a falar...
ResponderEliminarBeijinhos.