Um simples bacalhau fresco (as chamadas supremas da pescanova) sem grande história, salteado em azeite, primeiro do lado da pele até a dourar, acabando depois a cozedura do outro lado. Rápido, naturalmente, para não secar o peixe.
Para acompanhar, um risoto provocativo, excessivo, quase a passar os limites do bom gosto, mas que acabou por ligar bem com a singeleza do peixe.
Comecei por cozer uns poucos de camarões num tacho com água, sal e uma malagueta desfeita. Retirei-lhes as cabeças e as cascas e devolvi-as ao tacho, tendo reservado os camarões. Ao fim de cerca de meia hora desliguei o tacho, coei o caldo e comecei a preparar o risoto.
Piquei uma cebola pequena e um dente de alho para um tacho, juntei um fundo de azeite, umas rodelas finas de chouriço, uma cenoura em cubos e umas poucas de ervilhas. Sal, um ar de pimenta preta e uma colher de café rasa de açafrão juntos ao tacho e deixei uns cinco minutos em lume médio mexendo sempre. Juntei arroz arbório, deixei-o fritar um pouco, refresquei com um gole de vinho branco e fui mexendo até o arroz absorver o vinho. Juntei depois um terço do caldo de camarão, fui mexendo até o arroz o absorver e assim sucessivamente até acabar o caldo e o arroz estar bem cremoso, mas nada empapado. Juntei os camarões, envolvi, finalizei com um pouco de emental ralado e servi enformado no aro de cozinha com o peixe por cima.
O vinho escolhido foi o Lóios 2012, branco, de João Portugal Ramos. É uma das melhores compras abaixo dos três euros e liga muito bem com bastantes pratos, por isso é uma das escolhas acertadas para se ter na porta do frigorífico.
Provocativo está esse bacalhau fresco a cavalo na torre de risoto... excessivo ou não, parece-me muito fixe...
ResponderEliminarBeijos.