quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Bola de Presunto | Vale da Raposa 2009

Nesta 45ª Trilogia foi a minha vez de propor o tema à Ana e ao Luís. E propus o presunto. E fiz uma coisa absurdamente simples, mas que, IMHO, não terá desmerecido a nobreza do tema. Uma bola, daquelas como se fazia em Lamego, com massa de pão a que talvez se juntasse um pouco de azeite (ou margarina, como refere Maria de Lourdes Modesto, no seu Cozinha Tradicional Portuguesa, o que parece assaz estranho, mas que refere, refere...) e que podia levar sardinhas, bacalhau ou presunto (já as vi de fiambre, mas dificilmente recomendaria). 


Como a vontade de ir comprar fermento de padeiro e amassar era pouca, comprei meio quilo de massa de pão na padaria (muito mais barata que a MFP, digo eu sem saber). Depois foi polvilhar a banca da cozinha com farinha de trigo e estender metade da massa com o rolo até ao (meu) limite da paciencia (ficou com uns 4 milímetros) que deitei no fundo dum tabuleiro de alumínio previamente untado com azeite. Juntei cerca de 200g de presunto fatiado fino, um fio de azeite e cobri com a outra metade da massa, tambem estendida e tambem com cerca de 4 milímetros de espessura. Uni as duas partes da massa e levei a forno pré-aquecido a 180º C durante cerca de meia hora. Depois foi retirar do forno e ir provando. Morna é muito boa, mas curiosamente, foi fria que mais me agradou.


Aproveitei para provar o Vale da Raposa 2009, o tal vinho de Domingos Alves de Sousa com assinatura de Anselmo Mendes que me parece uma das melhores escolhas abaixo dos quatro euros. A colheita de 2007 estava excelente, a de 2008, uns furitos abaixo e este 2009 parece ter voltado ao nível do 2007. E está disponível na modalidade leve 6, pague 5 no pingo doce.  


2 comentários:

  1. Muito apetitosa ficou a quase sandocha de presunto... muito frontal ao assumir a compra da massa da bola, foi uma garantia de sucesso!
    Beijinhos.

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  2. É nestas alturas que se vê no que dão as simplificações à trouxe-moxe na linguagem escrita, sempre a empobrecer: querendo eu dizer da bola em apreço, "Boa bola", fica a coisa igual para esta de presunto como ficaria para a outra de Berlim ou ainda para uma boa passagem num jogo de futebol.
    Ninguém aprendeu a lição do velho Miguel de Vasconcelos!

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