A Quinta da Carolina situa-se na margem esquerda do Rio Douro a cerca de quatro quilómetros a sul do Pinhão. Este vinho foi feito com uvas das vinhas da quinta, com cerca de trinta anos de idade e orientadas (as vinhas, não todas as uvas) a norte. Esta é a informação mínima para se enquadrar este vinho. Depois, pode dizer-se que o Enólogo é Jean-Hugues Gros, que as castas estão misturadas e que tem Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Carvalha. Uvas seleccionadas cacho a cacho, pisa a pé, fermentação em inox e estágio em carvalho Francês. Tinha provado a colheita de 2006 (aqui) e gostei muito do vinho. O vinho de 2008, acabado de saír para o mercado (leia-se Garrafeira Tio Pepe e pouco mais, que a produção é pequena - do 2006 apenas se fizeram 1.840 garrafas) e já notado com uns robustos 17 valores pelo JPM, no seu guia de vinhos era, naturalmente, um vinho que gostaria de provar. Quando estive na prova de vinhos da Madeira, na Garrafeira Tio Pepe, o Luís Candido teve a amabilidade de me oferecer uma garrafa para provar...
O vinho não é muito carregado na cor; no nariz aparecem as notas da barrica, é algo floral e denota os aromas a fruta vermelha madura, mas sem ser compotada. Fino e elegante, diferente do 2006, que era mais concentrado, é um vinho consensual. Final longo e saboroso. Um belo vinho do Douro, que acompanhou muito bem um entrecosto de porco no forno com as suas batatas e espargos apenas salteados em azeite, sal e um ar de pimenta preta.
E não é que os espargos são tão convencidos que se colocaram em primeiro plano, na foto?
ResponderEliminarO entrecosto e respectivas batatas estão com o ar fantástico a que já me habituaste com o que sai do teu forno...
Beijinhos.