domingo, 26 de dezembro de 2010

O Cabrito do Natal y Sus Muchachos Bairradinos

Este ano, no almoço do dia 25/12 aka dia de Natal em Terras da Gandara (near Bairrada), havia cabrito no forno... Feito pelo meu pai, deixado de véspera a marinar em alho e um pouco de vinho branco e já depois no assador de barro, acolitado com batatas e mais uns aromas/temperos. Para acompanhar este cabrito (que nem é assim uma coisa obrigatória no 25/12 por terras da Gandara, ou nem era, como o leitão também não o era), porque não ensaiar uma mariadagem com vinhos tintos de respeito com alguma idade, feitos da Baga da Bairrada (que até pode ter sido do Dão ou que volta ao Dão, a 25/12 isso não releva) e com selo de Qualidade de dois grandes produtores? Nada contra, tirando que a experiência de abrir vinhos com alguma idade (13 e 16 anos, estes, não deveriam ser considerados vinhos velhos, embora outros com menos anos já tenham fenecido) e provenientes deste rectângulo nem sempre dão uma prova inesquecível pela positiva. Foram escolhidos dois vinhos, um Garrafeira 1994 do Mário Sérgio Alves Nuno, da Quinta das Bágeiras e que esteve quase para acompanhar a bacaulhauzada do dia 24, não fosse ter aparecido com aromas estranhos e a pedir descanso depois de cuidadosamente vertido num decanter e deixado a repousar e um vinho de vinha, da Pan(asqueira) e de 1997 feito pelo Eng. Luís Pato e que foi aberto uma hora antes do almoço e também filtrado e enfiado cuidadosamente num decanter. Curiosamente, são dois vinhos que conheço e que já tinha provado por algumas vezes. O Quinta das Bágeiras Garrafeira 1994 já não se deve encontrar no mercado, mas o Vinha Pan 1997 encontra-se com alguma facilidade. O preço neste caso é muito relativo, mas ambos teriam preços a rondar os € 25,00, quando foram lançados para o mercado...    
  


Apesar de ambos serem vinhos de guarda, feitos de Baga e muito bem feitos, não resistiram muito bem à passagem do tempo (claro que se pode sempre falar de condições da garrafa e das de guarda). O Bágeiras não chegou a acordar para a vida (ao contrário de uma outra garrafa que tinha provado recentemente, mas com melhores condições de guarda - na adega do Produtor) e o Vinha Pan esteve sempre semi-adormecido. Sendo que este último está no mercado (e em promoção, em alguns sítios), será para beber asinha.

Já o cabrito e apesar de ter gostado de ter ficado um pouco menos tempo no forno, preferiria um Bágeiras Garrafeira Tinto de 2001, 2004 ou 2005 (todos fantásticos e provei o 2004 a 15 dias do Natal) ou um Vinha Barrosa de 2001 (que também adorei, ou um VB 2005 que ainda não provei, mas que será outro grande Baga)...      

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