A Quinta do Vale Meão é uma das propriedades mais míticas do Douro Superior e talvez o ultimo legado de Dona Antónia Ferreira. Atualmente na posse de Francisco Olazabal (pai) e com enologia de Francisco Olazabal (filho), criaram um ícone do Douro, o Quinta do Vale Meão, cuja primeira colheita foi feita em 1999 e continua a ser um dos grandes vinhos do Douro (tive o privilégio de fazer uma prova vertical dos vinhos em 2009, como referi aqui).
Mas o Quinta do Vale Meão tem um preço a rondar os sessenta euros, o que não é para todos nem para todos os dias e muitas vezes, as segundas marcas (mais baratas) conseguem satisfazer muito por muito menos (no caso do Meandro, menos de doze euros, 1/5 do Vale Meão).
Este Meandro 2012 salta para o copo ainda um pouco fechado (não o decantei, deixei que abrisse no copo) a denotar que precisa de tempo para se mostrar, mas vai abrindo e foge ao que se esperaria, ou seja, flores, notas de tosta, etc...
A Touriga Nacional (38%), a Touriga Franca (30%) e a Tinta Roriz (20%) dominam, sendo os restantes 12% do lote compostos de castas várias.
O vinho é levemente arroxeado, não muito encorpado (apesar dos 14º de álcool). Algo austero nos aromas, pleno e seco na boca, com taninos médios a convidar ao consumo imediato, mas a aconselhar que se comprem algumas garrafas para a cave, tem boa acidez e é um dos meus vinhos preferidos do Douro neste patamar de preços.
Atirei-lhe com uma sarrabulhada à moda da Gândara e ele esteve muito bem. Jovem, muito jovem, daqui a uns três ou quatro anos merece acompanhar um cabritinho no forno. Belo vinho.
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