Duorum é um projecto de João Portugal Ramos no Douro Superior. José Maria Soares Franco é o enólogo e João Perry Vidal o responsável pela vitivinicultura, na Quinta de Castelo Melhor. Tudo muito bem pensado desde o início, como seria de esperar, com os vinhos a serem muito bem recebidos pela crítica e a vitivinicultura a merecer o prémio do ano de 2012 da RV. Na gama de entrada, temos os Tons de Duorum, branco e tinto, com o Dourum Colheita a seguir, antes dos Reserva e Vintage.
Gosto muito do Duorum Colheita. A primeira edição foi a de 2007 e este 2011 vai na quinta edição deste que já é um clássico do Douro Superior. Disponível em garrafeiras e na grande distribuição, tem um PVP recomendado de € 9,99 (com sorte consegue-se a oito euritos). Deixei nota de prova do 2008 (aqui) e do 2009 (aqui), lembro-me de ter gostado muito do 2007 e de ter achado que o 2010, quando foi lançado (há cerca de um ano) estava ainda demasiado novo (terei que o voltar a provar em breve para ver como evoluiu). Este 2011 está muito bom para se beber assim em novo, embora me pareça que ficará melhor lá para depois do Verão. Ainda assim, está muito bom. Frutinha da preta bem boa, alguns toques florais, complexidade qb, madeira como se espera (pouca e boa, o vinho estagia em pipas de segundo e terceiro ano), taninos presentes mas domesticados e um longo final descrevem o vinho. Não é austero nem guloso, antes pelo contrário, o que lhe permite agradar a toda a gente que goste de vinho tinto. Por mim, vou comprar umas garrafas para lhe acompanhar a evolução (esta foi oferecida pelo produtor).
Este vinho acompanhou muito bem uma carne de vaca no forno, escolhida das partes de cozer, sem osso mas com algumas gorduras e que ficou a marinar de um dia para o outro numa pasta de alho, pimentas (branca, preta, vermelha, verde e de caiena), malagueta (a gosto), louro, azeite e vinho branco com o devido sal. Na altura da confecção, meti a carne e o liquido da marinada (reservei um pouco para as batatas) num púcaro de barro preto coberto com folha de alumínio e levei ao forno pré aquecido a 170º C durante uma hora e meia.
Descasquei batatas pequenas e deitei-as num tabuleiro. Juntei o líquido da marinada que tinha reservado, reguei com um fio de azeite e levei-as ao forno, juntas com a vaca do púcaro. Passado pouco mais do que uma hora e depois de ter virado as batatas e ter tirado a protecção ao púcaro para a carne dourar, o prato estava pronto. Carne bem macia, a desfazer-se, como se gosta :)
A minha carne de vaca no forno nunca fica «bem macia. a desfazer-se»... será da vaca, da folha de alumínio ou do forno.
ResponderEliminarA tua ficou bem boa!
Beijos.
Tem um aspecto delicioso...
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