Dão e Touriga Nacional é quase um pleonasmo quando se fala de vinhos. Quase, porque também há o Encruzado nos brancos. E onde o velho tourigo brilha é mesmo ali. Porque faz belos vinhos a solo, minerais, frescos e com boa aptidão gastronómica. E um dos maiores clássicos portugueses é este Porta dos Cavaleiros. Já foi um grande nos vinhos do passado, muito aclamado e agora é apenas mais um vinho. Mantém o rótulo em cortiça e custa pouco mais de cinco euros, mas dá uma excelente prova. Fruta preta madura sem ser compotada, um lindo lado floral pouco evidente mas presente, como se gosta e madeira que quase não se nota. Um vinho muito bem feito e que, ao preço é uma aposta mais que segura. Gostei muito do vinho que esteve muito bem a acompanhar uma chamada jardineira de vitelão.
Fundo de azeite no tacho, pedaços de vitelão e umas rodelas de chouriço a selar, uma cebola e uns dentes de alho grosseiramente picados e que foram acolitados com pimenta moída, uma folha de louro, estrugiram e foram acrescentados com cenoura em rodelas. Envolvi tudo em lume forte, juntei um pouco de polpa de tomate e deixei estufar uns minutos. Refresquei com um pouco de vinho branco, e deixei em lume brando uns bons quarenta minutos. Depois, juntei batatas descascadas e cortadas em pedaços e ervilhas conservadas e deixei mais uns vinte minutos em lume brando. Corrigi o ponto de sal e servi.
Maravilhosa jardineira.
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