Nesta trilogia número cento e doze foi a minha vez de sugerir o tema à Ana e ao Luís: cozinha de Autor. Sem querer beatificar a cozinha erudita dos grandes mestres passados ou contemporâneos nem endeusar a enorme criação colectiva que é a cozinha popular de uma cidade, região ou país, nem sequer diabolizar a cozinha feita de revistinhas, copy/paste de coisa nenhuma que pulula em muitas casas e blogues, apresento a minha, como quero que ela seja: simples, sem pretensão a mais do que alimentar com algum bom gosto, sem exageros de nada.
E teria que ser uma comida de tacho, a roçar confort food, feita com a vulgarizada peça do porco, que se comia uma vez por ano, no dia da matança e que agora se encontra todo o ano e que para além de versátil, é saborosa. Falo do lombinho do reco que aqui foi cortado em nacos como para rojões e foi a saltear para o tacho onde já estava cebola picada, alho picado, uma folha de louro e pimentas moídas. Alourei ligeiramente a carne, enquanto a cebola ficou translucida e juntei polpa de tomate. Deixei uns minutos a refogar e juntei vinho branco. Baixei o lume, juntei uma cenoura cortada em troços e deixei estufar uma meia hora em lume brando. Depois juntei um punhado de ervilhas, deixei o molho voltar a fervilhar e voltei a deixar em lume bem brando até estar tudo no ponto. Entretanto cozi uns penne, deitei-os no prato de serviço e cobri com o estufado. Servi assim, sem mais...
Que bom deve ter ficado; comfort food, decididamente!
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