A Quinta da Terrugem é o domínio das Caves Aliança no Alentejo. De lá saem os Alabastros (colheita e reserva) e o Quinta da Terrugem. Em 1999, 2001 e 2002 fez-se um topo, o T da Terrugem que não conheceu novas edições. Tinha provado o 2001 há uns anos (nota aqui) e tinha ficado mais que bem impressionado com o vinho. Naturalmente, a vontade de provar a ultima edição deste vinho era grande.
E quase dez anos após a colheita, abri uma garrafa. Aberta a garrafa, a rolha estava intacta, linda como só ela, a demonstrar que o vinho mereceu todos os mimos. Cor granada a denunciar alguma evolução, mas o vinho estava límpido e de boa saúde. Alguns aromas estranhos no copo, normais ao fim de uns anos, levaram-me a deitar o vinho no decanter. Abriu e se abriu. Começam a aparecer as notas de fruta madura, algum couro, num bouquet requintado. Madeira presente e muito bem integrada, taninos de veludo e muito corpo, de encher a boca. O João Paulo Martins tinha-o classificado com 18,5 valores depois de o provar em 2006 e desde então não me parece que tenha decaído. Um topo alentejano, estilo pêra manca, mas para bom (e a custar quase metade do preço - € 45,00 na Garrafeira Tio Pepe) em muito boa forma ao fim de dez anos. Grande vinho, é pena que não tenha voltado a saír para o mercado. 2002 terá sido um ano maldito, mas não para todos os vinhos :)
O acompanhamento foi um galo estufado, primo deste e que fez uma ligação perfeita com o vinho.
Boa tarde, neste ano de 2015, passados quase 3 deste post, penso que o preço subiu um pouco.
ResponderEliminarPelo menos é essa a referência que a wivini.com nos dá.
O T da Quinta da Terrugem 2002 continua a ser um excelente vinho mesmo em 2015.