Há anos que não comia bacalhau com natas. Associo sempre esta preparação a comida de cantina ou de restaurante domingueiro banal, muitas vezes feito sem natas, sabe-se lá porquê. Ainda assim e porque me apeteceu, lá o ensaiei, mas sem o bechamel usual. Há coisas que não percebo nesta preparação, como o corte da batata em cubos ou o bechamel, ou ainda a panóplia de coisas que se podem juntar, como se pode ler nas 128.000 entradas que o Google me deu. Como esta receita não é um cânone, aqui vai a minha versão:
Escalfei um lombo de bacalhau, retirei pele e espinhas, lasquei grosseiramente e reservei. Cortei batatas em rodelas finas que fritei rapidamente em óleo a 180º C, retirando-as antes de alourarem. Confitei cebola em rodelas finas, em azeite a que tinha juntado um pouco de alho esmagado. Num tabuleiro de ir ao forno deitei uma camada de batatas no fundo, temperei com sal e um pouco de pimenta preta, fiz uma outra camada com o bacalhau e a cebola, juntei natas ligeiramente batidas e temperadas com sal e pimenta e por fim, completei com outra camada de batatas. Cobri com mais nata (agora um pouco mais batida) e levei ao forno pré-aquecido a 190º C. Deixei alourar e servi. Com uma salada...
Escalfei um lombo de bacalhau, retirei pele e espinhas, lasquei grosseiramente e reservei. Cortei batatas em rodelas finas que fritei rapidamente em óleo a 180º C, retirando-as antes de alourarem. Confitei cebola em rodelas finas, em azeite a que tinha juntado um pouco de alho esmagado. Num tabuleiro de ir ao forno deitei uma camada de batatas no fundo, temperei com sal e um pouco de pimenta preta, fiz uma outra camada com o bacalhau e a cebola, juntei natas ligeiramente batidas e temperadas com sal e pimenta e por fim, completei com outra camada de batatas. Cobri com mais nata (agora um pouco mais batida) e levei ao forno pré-aquecido a 190º C. Deixei alourar e servi. Com uma salada...
O resultado é bom, longe de alguns que comi em tempos, mas não se compara ao Bacalhau à Conde da Guarda, do Mestre João Ribeiro e de que tinha dado nota aqui.
Como a expectativa em relação ao prato não era muito grande, aproveitei para provar um daqueles vinhos brancos de € 3,00, baratos e bem feitos, Quinta da Alorna branco 2009, a conselho do PadreFrancisco. É um vinho de Nuno Cancella de Abreu e Marta Simões, feito com Arinto e Fernão Pires. Simples e sem grandes pretensões? Talvez, mas para mim será um dos melhores nesta gama de preço. Equilibrado e fresco, dá muito prazer à mesa. Acabou por ser a estrela da refeição...
Esse deve ter sido um belo bacalhau, que não é o de Mestre João Ribeiro mas também não era para ser.
ResponderEliminarAqui só vejo um problema e que não é de somenos: a magna questão da nomenclatura. É que se há nomes amaldiçoados para todo o sempre, "bacalhau com natas" é por certo um deles!
Luís
ResponderEliminarConcordo em absoluto. Há uns 20 anos atrás, bacalhau com natas e lasanha deviam ser um sucesso em qualquer mesa, a confirmar os dotes culinários da cozinheira...
Agora não será assim e se calhar, ainda bem.
Gostei das dicas todas que entremeaste pelo texto e que tornaram este bacalhau especial e diferente do da cantina...
ResponderEliminarEu ainda estou na fase de gostar de bacalhau com natas... lol!!!
Beijinhos.
fiou um bacalhau muito bom de certeza pelo menso esta de aspecto excelente
ResponderEliminarbeijinhos