Este prato foi inspirado numa compra do meu amigo PadreFrancisco... Branco da Gaivosa de 2004 com 50% de desconto em cartão no Continente de Matosinhos (fica a € 3,49) é coisa que não se desperdiça. Ainda mais depois dos comentários elogiosos ao vinho (mas também outra coisa não seria de esperar, porque Domingos Alves de Sousa, com Anselmo Mendes e o Tiago Alves de Sousa vão, ano após ano, produzindo alguns dos melhores vinhos do Douro), tinha que experimentar... Lá fui à superfície comercial comprar uma garrafa, enquanto ia pensando que prato ia fazer para provar o vinho. Enquanto me dirigia à zona das garrafas, passei na peixaria e não resisti ao espadarte (em posta fina), um dos meus peixes preferidos.
Deixei o peixe a marinar umas horas em sumo de limão e temperado apenas com sal marinho. Para acompanhamento, umas quase inevitáveis batatas cozidas e espinafres suados em manteiga da Quinta das Marinhas, conforme sugestão de Maria de Lourdes Modesto (aqui).
Grelhei o espadarte na chapa bem quente e besuntada com um pouco de azeite, o tempo apenas necessário para dourar a carne (o espadarte é quase tão intolerante à grelha como o atum ou a vitela, por isso ao fim de um minuto de cada lado está mais que pronto; mais que isso e fica seco).
Deitei manteiga no fundo duma frigideira em lume brando, juntei os espinafres e tapei. Juntei um ar de pimenta preta, um pouco de flor de sal e deixei que tudo se envolvesse.
As batatas foram cozidas normalmente...
O espadarte não precisa de quase nada (em termos de temperos) para brilhar. Um pouco de sumo de limão e sal marinho qb e ele brilha. Os espinafres na manteiga ficaram deliciosos. Reguei tudo (menos os espinafres, que esses já tinham manteiga) com um fio de azeite da Herdade dos Grous e acabei de compor o prato com uns tomates miniatura. Um prato simples, mas de belo efeito, para provar um vinho que tinha deixado as minhas expectativas em alta.
E as expectativas não foram defraudadas. O vinho, com os quase cinco anos que leva de garrafa, está novo. Uns cordatos 13º de álcool, madeira usada com parcimónia e sabedoria, um final longo... Está muito mineral e a fugir à fruta e ao perfil dos brancos da moda. A este preço, é um crime não comprar mais algumas garrafas para ir provando com calma nos próximos anos. O estilo do vinho não será o mais consensual, enquanto novo, mas se lhe dermos uns anos de guarda, o vinho mostra o que vale. Belo vinho...
É muito bom!!!
ResponderEliminarFaz como eu, "manda vir mais..."
Também quero provar uma...
ResponderEliminarCaro Padre
ResponderEliminarOportunamente lá irei...
Gus
Tu queres sempre provar tudo :) Fica uma reservada para ti ou para provarmos na próxima oportunidade.
Abraço
Preciosa a nota sobre "tempos" de grelha (e outras passadelas e esturricadelas de que estão cheias as mais insuspeitas receitas).
ResponderEliminarE eu sabia lá da intolerância do espadarte à grelha... lol!
ResponderEliminarSe calhar descobri agora porque não sou grande fã de espadarte...
Se o Luís voltar aqui, vai-se rir!
Beijinhos.