Quem gosta à séria de vinhos, conhece de certeza o simpático Mário Sérgio Alves Nuno, o enfant terrible da Bairrada (acho que é a segunda vez que uso esta expressão...) que nos deslumbra com os seus vinhos, feitos à moda antiga (parece), porreiros em novos, mas com enorme capacidade de evolução em cave.
Este Avô Fausto está um menino, mas com (muitas) pernas para andar. Assim novo, acabado de sair para o sempre restrito mercado (parece que já não há mais) é fresco e profundamente mineral, embora denote aromas "de redução" no nariz (o que não é defeito, é feitio). Daqui a uns dez anos é capaz de estar mais cordato e capaz de agradar a mais pessoas, mas terei que confessar que gostei muito do vinho, assim, novo e pujante. Um gigante da Bairrada, a antecipar o Garrafeira e o Pai Abel que serão lançados em breve.
Embora seja um vinho com enorme aptidão gastronómica, gostei muito da ligação com uma Bola de presunto feita como se faz em Lamego, com uma massa de pão como base (receita na CTP da Maria de Lurdes Modesto, pág. 67), aqui numa versão com presunto, bacon e paio.
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