Gosto muito dos vinhos que o João Roseira faz na Quinta do Infantado e por mea culpa, há bastante tempo que não provava nenhum. Este colheita de 2010 já o tinha provado uma vez, no chamado simplesmente vinho, pareceu-me mais fácil de beber que os de edições anteriores e quando perguntei ao João se o vinho ia ficar mesmo mais fácil de beber, ele disse que coisa e tal, tinha faltado o lote do Dão e o vinho era capaz de estar mesmo mais fácil. Brincadeiras à parte, o vinho apresenta-se escuro arroxeado, com belas notas de frutos pretos, mato da esteva e ligeira violeta do tourigo, muito balsamico, bom no nariz mas melhor na boca, pleno de norte a sul e de este a oeste. Está menos austero do que costumava estar e continua a surpreender pelo trabalho da madeira do estágio. Doze meses lá e a madeira está sem estar, torna a coisa mais complexa quase sem se mostrar. Resumindo, é um belo vinho do Douro. Custa pouco mais de nove euros. Para beber já ou guardar.
Foi um excelente acompanhante para um entrecosto de porco estufado acolitado com batatas e couve cozida.
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