Já conheço a Garrafeira Tio Pepe há alguns anos e como trabalho muito perto e é sítio de passagem na volta a casa, acabo por parar lá de vez em quando. Bom ambiente, excelente atendimento da Ana Ferreira e do Luís Candido, preços correctos e muitas referências de vinhos tornam-na na minha garrafeira de eleição (embora compre menos do que desejaria) e quando há provas, gosto de ir. Provar vinhos novos, falar de vinhos e de tudo o mais e aprender sempre alguma coisa.
E nesta quarta feira, houve uma prova, com novidades e sem (aparentemente) um tema específico. Dezasseis vinhos em prova e uma surpresa. Os vinhos aparecem listados e com um pequeno comentário sobre os que provei:
Portas do Tejo tº 2009
Portas do Tejo bº 2010Grou tº 2006 - Muito agradável, talvez o melhor tinto em prova. Alentejano puro e duro com frescura à mistura, o que o torna uma tentação, apesar do preço, a rondar os € 30,00.
Povoação tº 2010
Dócil Loureiro bº 2010 - Um Loureiro de Dirk Niepoort. Elegante e muito bem feito, é a prova provada que os vinhos da região dos Vinhos Verdes ainda estão a crescer, mas já dão coisas muito boas.
Crasto Superior tº 2009 - Um Crasto do Douro Superior. Cheio e pleno (passe o pleonasmo) é um vinho que precisa de comida por perto.
Ponte das Canas tº 2008 - A segunda marca do Mouchão. Alegre, prazenteiro, complexo, pediu meças ao Grou, apesar de custar pouco mais de metade do Preço.
Quinta do Rio Távora Reserva bº 2009 - Um branco duriense correcto e agradável e que também pede comida.
Zéfyro bº 2010
Canto V bº 2010
Zéfyro tº 2008
Canto X tº 2008
Bagaboa bº 2010
Bagaboa tº 2008
Domingos Soares Franco Coleção Privada 157 Castas tº 2010 - 157 castas é muita casta. A brincar, podia perguntar-se se falta(m) alguma(s) castas ou se tem alguma(s) a mais. Interessante e curioso, talvez precise de tempo em garrafa e de comida por perto para melhor se mostrar.
Domingos Soares Franco Coleção Privada 208 Castas bº 2010 - 207 castas é um ror de castas que compuseram um vinho complexo e algo misterioso, com a madeira muito bem doseada e a pedir algum tempo e concentração. Pode melhorar em garrafa.
E a surpresa da prova foi este Alvarinho Pequenos rebentos, do Eng. Márcio Lopes, que trabalhou com Anselmo Mendes. Cítrico e com algum vegetal, fino, sem a exuberância aromática que caracteriza alguns Alvarinhos (e que AM procura não explorar) mas com frescura, acidez e alguma mineralidade que me deixaram a sonhar com um robalo de mar assado no forno enquanto o estava a provar. E proposto a um preço de € 8,50 para uma produção de 4.000 garrafas.
Em suma, um muito agradável fim de tarde. E tenho que agradecer ao meu amigo e colega, o Arq. Gabriel Andrade e Silva, por me ter cedido as duas primeiras fotos, já que as que tirei, ficaram muito más.
Foi aimpático teres-nos levado contigo nesta visita até à garrafeira do tio Pepe.
ResponderEliminarGosto da forma como aplicas os adjectivos que tornam o desconhecido mais próximo...
Beijinhos.