Um pequeno rebento do Eng. Márcio Lopes na sua segunda incursão pelo Douro. Depois dum honorável tourigo da colheita de 2008 vindo do Vale de Mendiz, numa edição limitada a 900 garrafas de que dei conta aqui, fez este Proibido, com uvas de uma vinha velha localizada perto do Pocinho e com um pouco de Sousão a temperar (20%). Foram feitas apenas 660 garrafas, pelo que não será fácil encontrar este vinho (está à venda na Garrafeira Tio Pepe a €25,00 envolto numa elegante embalagem e também aqui).
É um vinho de Autor, que foge à fruta fácil e à madeira abaunilhada. É também uma homenagem ao povo da raia, que contrabandeava para sobreviver. Sério e grave, balsâmico, abre no copo e mostra notas de fruta preta, xisto do solo das vinhas, taninos firmes, mas amigos a dar boa prova e a sugerirem que se guardem algumas garrafas para o voltar a provar daqui a uns anos. Tem 15º de álcool muito bem integrados, já que a estrutura é de aço e a acidez é correcta, mas na boca aparece quase como veludo. O estágio em madeira nova não marca o vinho, o que é de louvar. Tem um final longo e envolvente.
Sendo um vinho do Douro Superior, ligará muito bem com cabritinho no forno ou boa vitela, mas foi um excelente escort para uma feijoada de leitão, como a que descrevi aqui. Belo vinho :)
(o vinho foi oferecido pelo produtor aka winemaker)
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