Nesta trilogia nº 154, sugeri um tema à Ana e ao Luís, a que chamei arte de feijoar. Isto dava para muita coisa e a mim deu-me vontade de fazer uma feijoada da nossa tradição, mas aqui num registo mais light, embora usando carne de porco. Abdiquei das partes gordas, gelatinosas e das cartilagens, como o toucinho, as orelhas, os chispes e a panóplia de enchidos e usei apenas lombinho e umas poucas rodelas de chouriço de porco preto.
Comecei por picar uma cebola e dois dentes de alho para um tacho. Cobri com azeite e levei a lume esperto até a cebola começar a ficar translucida. Juntei um lombinho de porco cortado em pedaços e umas rodelas de chouriço de porco preto. Para temperar, sal qb, mistura de pimentas grosseiramente esmagadas no almofariz e uma malagueta seca desfeita à mão. Fui envolvendo tudo com a colher de pau enquanto cortei cenoura em pedaços e couve lombarda em tiras. Quando a carne estava a começar a dourar, adicionei polpa de tomate e deixei mais uns minutos, mexendo sempre, para não se pegar. Adicionei a cenoura e a couve, um pouco de vinho branco e baixei o lume. Deixei em lume brando cerca de meia hora e juntei uma lata das pequenas de feijão branco. Envolvi tudo e deixei a fervilhar durante cinco minutos. Desliguei o lume e deixei outros cinco minutos a harmonizar sabores.
Para acompanhar esta feijoada, um arroz. Carolino, como se gosta. Um dente de alho esmagado e picado, azeite a cobrir o fundo e arroz a fritar levemente. Juntei uma folha de louro, sal qb e água (o dobro do volume do arroz) e deixei cozer os canónicos doze minutos. Servi, com o arroz enformado no centro do prato e a feijoada a envolver.
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