Gosto francamente dos vinhos do Infantado. Os colheitas, sorumbáticos e longevos, não são vinhos da moda, mas são vinhos que desde que bem tratados (boas temperaturas, bons copos, boa comida) dão muito prazer à mesa. Além disso, são vinhos que precisam de tempo para se mostrarem. Este 2009, recentemente saído para o mercado, devia ter ficado algum tempo a repousar (foi engarrafado em Abril) mas a gula falou mais alto. Refrigerei-o, abri-o e decantei-o durante um par de horas. Mesmo arejado, estava, como esperado, fechado. Mas lá foi abrindo e mostrando que a conversa do contra-rotulo alusiva ao terroir do Gontelho não é publicidade enganosa :)
A forma como se lida com a madeira neste vinho é fantástica, porque ela está lá mas parece não estar ou pelo menos pouco se mostra e o vinho é balsamico e seco, nada marcado pela frutinha que se entranha no nariz. Sério e austero, é um vinho que merece muito bem os cerca de € 9,00 que se pagam por cada garrafa. Sou e continuarei a ser fã.
Acompanhei (e muito bem) este vinho com um cozido.
O balsâmico e seco surge precisamente da madeira não é?
ResponderEliminarSim ou não, DAlves. Os vinhos do João Roseira tendem a ter alguma secura (então nos portos, isso é mais que evidente) que, para mim, aconselha a ter o copo de água ao lado. O bálsamo acho que vem da madeira (ou da ausência dela) mas muito mais do terroir e das opções enológicas de quem sabe...
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