Sobre a Bola de Bacalhau, não me alongo. A descrição da que se faz em Lamego aparece na pagina 67 da Cozinha Tradicional Portuguesa de Maria de Lourdes Modesto e eu vou reinventando a preparação à procura de uma de excelência (se lá chegar).
Interessante para mim foi a harmonização desta bola com um dos meus brancos preferidos, ainda por cima barato, o Quinta das Bágeiras colheita, aqui numa mini vertical, com o 2013 já porreiro, o 2012 (infelizmente com "rolha") e o 2011 que estava sublime. Uma lança em África (neste caso vinda da Fogueira). Cada vez gosto mais destes vinhos, até mais do que dos topos.
Ainda antes do cozido um honesto dão branco 2012, de Álvaro de Castro, muito porreiro.
O Cozido foi feito com coisas normais, como carnes, enchidos, fumados e vegetais, com opção de se meter mais qualquer coisa. Aqui entrou um arroz agulha cozido no caldo das carnes.
Se quiser ir pela via parva pode sempre fazer na termomija, mas não é a mesma coisa...
Como o cozido não estava nada mau, justificou um raid por Bucelas, antes de ir ao Minho.
Morgado de Santa Catherina 2008, um Arinto de sonho, fresco, mineral, com a madeira a não chatear, foi um dos melhores vinhos da noite.
Depois, duas estrelas de Anselmo Mendes, o Muros de Melgaço 2008 e 2009. Já havia Curtimenta (desde 2005, o vinho de topo), mas estas garrafas tronco-cónicas faziam toda a diferença. O 2008, muito complexo, o 2009, mais fresco e directo e a pedir mais tempo de cave, estiveram brilhantes a acolitar o prato.
Antes dos bolhinhas [há quem chame champagne a tudo o que tem gás], os tais não tranquilos, tempo para uma raridade, um Casa de Saima Branco 1995. Impressionante para um vinho com 20 anos (é Bairrada, carago).
Nos intranquilos (aka bolhinhas), um Caves Primavera Premium 2013, feito com Arinto e Baga e para acabar a noite, um São Domingos Velha Reserva 2003, com o degorgement feito em 2014...
Sem comentários:
Enviar um comentário