Esta crónica vem dar nota de alguns vinhos provados num jantar de amigos, escolhidos a dedo por mim, para fazerem uma sequência com alguma lógica e acompanhar bem os pratos servidos.
O primeiro vinho a ser servido foi um Loureiro ("temperado" com 15% de Alvarinho) do Eng. João Portugal Ramos. Depois de ter entrado na região dos Vinhos Verdes e ter lançado um belo Alvarinho em 2012, lançou agora um Loureiro da colheita de 2013. Barato, simples e muito bem feito, custa menos de quatro euros e vai ser uma das escolhas óbvias de muitos apreciadores e enófilos. Muito fresco e agradável, foi bebido assim, sem precisar de comida. Agradou e muito. Para apreciar o verão que está a chegar :)
(vinho enviado pelo Produtor)
Logo a seguir, o vinho da noite, um Quinta das Bágeiras branco da colheita de 1995. Um branco crescido, grande, feito com Bical das vinhas do Mário Sérgio Alves Nuno. Mais de dezoito anos após a colheita, continua fantástico. Um hino aos brancos da Bairrada que esteve muito bem a acompanhar uns folhados de alheira de caça servidos como entrada e que ainda brilhou a acompanhar uma feijoada de samos e línguas de bacalhau como a que referi aqui.
Ainda com o mesmo prato, abriu-se um Dom Ferro Avesso 2009, da Quinta do Ferro, situada em Baião e que mostrou que a casta Avesso bem vinificada tem capacidade de evolução e que cinco anos após a colheita, ainda dá muito prazer a beber (dica: em alguns supermercados Continente ainda se encontra a pouco mais de cinco euros, pelo que vale a pena tentar arranjar uma ou duas para provar).
O prato seguinte foi um arroz de polvo com filetes do mesmo parecido com este. O Dom Ferro ainda acompanhou bem e depois foi a hora de passar ao Quinta da Covada 2011, um vinho do João Lopes Pinto já aqui referido e que esteve em muito bom nível a mostrar que tem anos pela frente :)
Continuou-se com um entrecosto de porco marinado em vinha de alhos, assado no forno com as mandatórias batatas. Primeiro vinho tinto da noite e um retorno a João Portugal Ramos, um Quinta da Viçosa 2005 Touriga e Merlot e uma revisita a um dos meus vinhos preferidos, já que em todas as edições é feito com castas diferentes, sempre com um portuguesa e outra estrangeira. É feito em Estremoz, mas é fresco, complexo e dá um enorme prazer na prova. Um grande vinho que se pode beber agora ou esperar mais uns anitos :)
Continuando o alinhamento e ainda com o entrecosto, um regresso ao Douro e ao João Pinto, com o Quinta da Covada Reserva 2010. É a quarta colheita (a primeira foi em 2007) e já se afirma como um dos bons vinhos do Douro, com uma relação qualidade preço muito interessante. Continua em grande forma :)
Para rematar o jantar, um bolo de amêndoas, doce de chila, laranja cristalizada e fios de ovos como este e que fez boa companhia a um Porto honesto e muito bem feito, o Cruz de 10 anos.
E este teu bolo faz-me água na boca e cócegas no palato...
ResponderEliminarBeijo.
O Porto Cruz Tawny, também está muito bom.
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