Mais uma quarta e mais uma trilogia, com a Ana a demandar festas nos filetes. Eu e o Luís lá fomos cantando e rindo.
O filete é um produto muito importante na nossa culinária, desde que o cardeal dom henrique foi aos pêros ao pinhal de leiria e encontrou uma moira encantada que lhe disse que se ele lhe desse a provar salmonetes, ela seria sua para todo o sempre, desde que [ela própria] gostasse dos salmonetes. E o cardeal dom henrique mandou plantar os melhores salmonetes de que há memória e logo no rio liz. Apanhados os salmonetes, chama-se o melhor chef de que há memória, para os preparar, um tal ljubomir stanisic, que veio do centro da europa tentado pelo nosso ouro e decidido a ser uma estrela [e é :) ] e que fez os melhores filetes de salmonetes de que há memória. A partir daí, os filetes foram os reis da gastronomia tuga. Os filetes de pescada da Casa Nanda do burgo foram considerados dos melhores do mundo (taliqual as barritas do capitão iglo e o syrah de 2005 da leonor freitas), só comparáveis às sublimes preparações de pedaços de perca que fazem as delíçias de quem nunca comeu peixe pescado, logo, peixe é igual a cão :)
ou a atum, claro...
Introdução parva para dar nota de uns filetes que me agradaram, embora a origem da receita seja demasiado nobre para mim (se bem que nobres há fernandos e salsichas) ou não fosse esta uma receita do Hotel Aviz de boa memória (para quem lá foi, claro).
Não a segui totalmente... Untei uma assadeira com manteiga, depositei os lombos de uma pescadita atlântica (tinha um quilo e pouco) e deitei-lhes (aos lombos) uma mistura de manteiga amolecida, sumo de laranja e o vidrado da mesma. Temperei com sal e pimenta, juntei tomates de estufa cortados em quartos (o grande flop, mas não havia tomates de época, que seriam a guarnição) e levei a forno pré-aquecido a 200º C durante vinte minutos. Acompanhei com batatas da terra e de época, cozidas com a pele.
Em breve, poderei divulgar a receita completa do Aviz, mas o mais certo é fazer outras desse baluarte da nossa história gastronómica.
Confirma-se que gostas de contar histórias carregadas de ironia... mas o que saiu mesmo foram uns deliciosos e branquinhos de uns filetes com laranja, mesmo como eu gosto...
ResponderEliminarBeijinhos.