O terceiro dia de provas foi dedicado ao Douro. Prova vertical de Castello d'Alba Branco Vinhas Velhas. O 2004 num muito bom nível, o 2005 mais apagado, 2006 bom, 2009 e 2010 excelentes. Para além duma bela relação qualidade/preço, envelhecem muito bem. O VT 2010, excelente, tal como o Redoma Reserva Branco Coche 2010, que foi pela primeira vez apresentado nesta prova.
Nos tintos, comecei por uma vertical dos Quinta da Gaivosa deste século: 2000, de sonho, 2003 a passar por uma fase parva, como disse o Tiago Alves de Sousa, mas muito bom, o 2005 está um portento de vinho e num grande momento de forma, muito bom para ir à mesa quando as temperaturas começarem a baixar. Por fim, o 2008. Um menino ainda (será lançado para o mercado apenas no natal), mas colossal e um dos melhores da prova. Os Quinta da Gaivosa são para mim, dos melhores vinhos do Douro. Não são baratos (cerca de € 28,00 a garrafa) mas são dos mais baratos dos topos do Douro.
Outra prova vertical, desta vez de Quinta do Noval. A Quinta do Noval produz aquele que é talvez o mais famoso Porto Vintage, o Noval Nacional e naturalmente, um vinho não fortificado com o nome da Quinta teria que ser muito especial (e ter naturalmente, preços a condizer, neste caso com cada garrafa a rondar os € 50,00). O Quinta do Noval 2004, muito bom, o 2005, meio furo ao lado, 2007 novo e 2008 muito novo. Para mim, que nunca tinha provado o vinho, foi um enorme prazer ter podido provar logo quatro colheitas de enfiada. Em prova ainda estava o Quinta do Noval Touriga Nacional 2004 que me pareceu precocemente evoluido e o 2008, muito novo, muito complexo, muito tudo. Grande vinho!
A seguir passei aos vinhos de Cristiano Van Zeller. Quinta do Vale de Dona Maria 2009 ainda a crescer dentro da garrafa. Daqui a um ano dará seguramente melhor conta de si, mas é mais um grande rótulo do Douro com um preço cordato (a rondar os € 30,00) e muito consistente. Ainda provei o CV 2009, um grande vinho e neste momento a dar uma prova mais fácil do que o Quinta do Vale de Dona Maria. Foi outro dos meus vinhos preferidos.
Da Niepoort vieram o Redoma e o Batuta, ambos de 2009. O Redoma muito jovem, mas a dar boa prova e o Batuta a pedir tempo em garrafa. Ambos ao nível que Dirk nos habituou nos seus vinhos. Mas a cereja no topo do bolo foi o Robustus 2007. Não é barato (cerca de € 75,00) mas é um vinhão!
Mais uma prova vertical, desta vez de Chryseia: 2003, 2004 e 2007. São vinhos feitos para agradar a apreciadores exigentes (e com capacidade para pagarem cerca de € 45,00 por uma garrafa) e agradam.
Da Quinta do Vallado provaram-se as novidades de 2009. Sousão, Touriga Nacional e Reserva, todos em muito bom nível, como seria de esperar de Francisco Olazabal, o enólogo da casa.
O Odisseia Grande Reserva 2007 provado a seguir (em magnum) foi mais um vinho em muito bom nível.
Tempo para uma mini vertical de Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas. 1994 (bem) evoluido, 2001 evoluido e o 2004 muito bom. Mais um clássico do Douro e um valor seguro (preços a rondar os € 25,00, cada garrafa). Uma curiosidade, o Crasto normal de 1998, surpreendentemente jovem para um vinho feito para beber em novo. Para encerrar o capítulo Crasto, o Vinha da Ponte 2004. Um dos topos da casa (tal como o Vinha Maria Teresa) desejado por muito mas apenas alcançavel por alguns (os € 100,00 que custa cada garrafa intimidam) em muito bom nível. Outro grande vinho.
Com (quase) tudo provado voltei aos meus preferidos, o Quinta da Gaivosa 2008, o Robustus 2007, o CV 2009 e o Vinha da Ponte 2004 para mais uns minutos de amena cavaqueira antes de ir para casa :)
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