quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Coelho de Caril

Nesta 51ª edição das Trilogias com a Ana e o Luís, coube-me a mim sugerir o tema: o coelho. E coelhos há muitos, quase tantos como os chapéus. Do Bugs Bunny ao feito à caçador, do bravo ao manso, coelhos não faltam. E ligações de coelhos também não, sendo a ligação do coelho com a bola de berlim especialmente perigosa para os bolsos do tuga... Este era manso e acabou numa ligação mais agradável: com caril. Repesquei e adaptei uma receita antiga da Ana e fui-me ao coelho com caril, servido depois duma refrescante salada de alface, tomate e maçã temperada com um pouco de flor de sal, um fio de azeite e umas gotas de vinagre de vinho do porto; simples e deliciosa. 


O coelho, cortado em pedaços, ficou um dia a marinar em vinho branco (o vinho branco do Tejo, marca Pingo Doce, excelente para cozinhar, ao preço - custa € 1,14 cada garrafa) e alho. Deitei azeite no fundo dum tacho e alourei os pedaços de coelho, depois de os escorrer do líquido da marinada. Retirei-os e na mesma gordura, refoguei ligeiramente cebola picada e alho esmagado. Juntei uma colher de sopa rasa de pó de caril e o coelho, deixei mais uns dois minutos e juntei o líquido da marinada e uma lata de leite de coco até cobrir a carne. Deixei a estufar em lume muito brando durante quase uma hora. Desliguei o lume e servi com arroz branco.


2 comentários:

  1. Isto é fusão, ou a história feliz de como o indiano caril, apesar de nada habituado a conviver com bichos (tão) orelhudos, desde que longe das originais paragens, não se mostra nada esquisito em conviver e promover este coelho daqui a um rico petisco e, mesmo se mais não fosse, a conseguir afastá-lo da cabra da "bola"!

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  2. É sempre uma emoção vermos uma receita feita por nós, assim tão bem repescada...
    E quem é a antiga? Eu ou a receita? Seremos as duas claro, lol!
    Mesmo sendo suspeita diria que é uma bela proposta... a despertar a imaginação.
    Beijinhos.

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