Esta décima edição da Essência do Vinho viu nascer aquilo a que se chama salão off, ou um acontecimento alternadeiro próximo do evento principal. E o João Roseira reuniu na Ribeira do Porto alguns dos melhores produtores portugueses, como tinha referido em anterior post.
Breve passagem pela essência e toca de rumar ao simplesmente... Vinho 2013. Não provei tudo mas deixo nota do que provei... Quinta da Pellada TouNot 2010, do Álvaro de Castro. Duo de Touriga Nacional e Pinot Noir a compor um grande vinho. Quinta das Bágeiras Garrafeira Branco 2011. Em ano de grandes brancos, este só podia ser fantástico. É a magia dos anos ímpares nas Bágeiras. Será devidamente reapreciado :) Conceito branco 2011 e tinto 2010. A sábia segurança da Rita Marques no terroir de Cedovim a fazer Douros de referencia. Quinta do Mouro 2007, de Miguel Louro. Um outro alentejo de Estremoz fresco, complexo, uma referencia obrigatória. Torres de Tavares, Encruzado e Jaen, ambos de 2008. É um outro Dão, este do João Tavares de Pina. Muito bons e a pedirem mesa. Continuei a prova com a Quinta da Covada. Ando há três anos a provar estes vinhos e ainda não conhecia o João Pinto, o jovem enólogo que faz vinhos excelentes sem ir em modas. Gostei muito do Quinta da Covada Touriga Nacional 2011, recém engarrafado. Nada de sobrematurações ou sobreextracções ou excessos de madeira. Está um vinho ainda muito jovem, mas com um equilíbrio notável. Para comprar às caixas e ir acompanhando o desenvolvimento com boa comida. Provei ainda o Quinta de Vale de Pios, do Joaquim de Almeida, meu colega e que não via há anos e a cujos vinhos voltarei. Acabei com o vinho da casa aka Quinta do Infantado 2010. É capaz de ser o Quinta do Infantado mais fácil de beber em novo e segundo o produtor, isso deve-se ao facto de não ter levado o costumeiro lote do Dão (jocking...). Será devidamente provado e notado aqui, uma vez que já está à venda.
Jantar. Simples, no Big Bife. Tripas enfarinhadas, queijos e enchidos nas entradas, sável de cebolada e o big bife antes do doce de abóbora com queijo da serra a compor a sobremesa. Para beber, Mauro Crianza 2009, feito com Tempranillo e 10% de Syrah, guloso, esteve bem com as entradas. Quinta da Revolta Tinta Barroca 2002, muito equilíbrio numa casta pouco comum a solo e num ano difícil. Areias Gordas Reserva 2000. Mão sábia de Tomás Vieira da Cruz a fazer um vinho já com alguma evolução, mas com boa acidez e frescura, foi perfeito para o sável. OmLet 2005, feito com uvas de duas vinhas velhas de Vale das Covas, por Telmo Rodriguez para a Niepoort. Ainda a crescer, é uma outra abordagem ao Douro. Bom com o bife. Por fim, os vinhos do João Pinto, que também esteve no jantar, o Reserva 2010 de que tinha dado nota aqui e o Touriga Nacional 2011 que tinha provado umas horas antes. Ambos ainda muito jovens e a mostrar garra à mesa. Para acabar, espumante Velha Reserva 1992 da Quinta das Bágeiras, complexo e a pedir comida. Outro vinho a que voltarei em breve.
Sem comentários:
Enviar um comentário