quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Vinhos e um Cozido




Gosto muito de um cozido. Entre a escolha das carnes e dos legumes, diferentes cozeduras e diversos modos de preparação, cada cozido é único e irrepetível. Este levou pernil de porco previamente salgado e demolhado, cabeça de porco fumada, nispo de vitelão nacional, frango de capoeira e enchidos do Pingo Doce (são porreiros e baratos, é experimentar). Os legumes foram cozidos apenas em água com sal e no fim fez-se um arroz carolino com caldo de cozer as carnes e um pouco de salsa para refrescar.  


No que aos vinhos concerne, o Rama & Selas Bruto é competente e merece ser provado. Porreiro assim, sem mais nada ou a acompanhar entradas, carnes brancas ou pratos de peixe com alguma gordura. Ainda antes do cozido, abriu-se um Murganheira Pinot Blanc Bruto de 2013, bem feito, mas falta-lhe complexidade, IMHO, apesar de ter um prémio de Excelencia da RV...

Já com o cozido, provámos o Chumbado 2015, que é o Quinta das Bágeiras Reserva. Quando o Pai Abel Branco de 2011 foi "chumbado", desapareceu do mercado num ápice. Este Reserva tem um perfil diferente dos anteriores (por exemplo, o 2011), mais fechado e mais curto. Para guardar a ver se evolui bem. Depois abriu-se um Termeão 2005, um dos meus vinhos preferidos da Casa Campolargo. Os iluminados da Wine aconselhavam a beber até 2016 e eu, sem saber o que digo, digo que temos vinho para mais dez anos, sem surpresas... Para acabar, um Cabernet Sauvignon australiano, o Thomas Hardy de 2000. Grande Cabernet, crescido, polido. Confesso que gostei mais do Termeão, mas este é um grande vinho.



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